1ª instância

Vivo deve indenizar mineira em R$ 6 mil após corte repentino de linha

A cliente da Telefônica Brasil solicitou uma mudança de plano na linha que tinha há três anos e acabou tendo o serviço suspenso, recebendo ainda uma cobrança indevida após algum tempo

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 25 de agosto de 2016 | 16:09
 
 
A autora do processo usava a linha há três anos quando a Vivo suspendeu o serviço FOTO: MOISES SILVA

A Telefônica Brasil, grupo de detém a operadora Vivo, foi condenada pela Justiça mineira a indenizar uma moradora de Belo Horizonte, cliente da empresa, em R$ 6 mil por danos morais. Ela era titular de uma linha há mais de três anos e teve o serviço cortado repentinamente ao solicitar uma mudança de plano. 

A decisão em primeira instância foi concedida pela juíza Tânia Maria Elias Chain, da 10ª Unidade Jurisdicional Cível da Comarca de Belo Horizonte. Conforme a denúncia da cliente, o serviço foi cortado quando ela pediu a alteração do plano controle para a modalidade pré-paga. Depois disso a autora do processo ainda teria recebido cobrança indevida de um débito no valor de R$ 106,14, em novembro de 2015.

Ainda de acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em sua defesa, a Telefônica Brasil explicou que uma consulta em seus sistemas encontrou cobranças pendentes de pagamento. A empresa afirmou também que os débitos eram válidos e sustentou que, de acordo com a agência reguladora de telecomunicações, a Anatel, a apresentação das telas sistêmicas tem presunção de veracidade.

Apesar da alegação, a magistrada entendeu que a empresa de telefonia descumpriu o Código de Defesa do Consumidor ao não passar informações claras sobre os serviços prestados e nem esclarecer do que se tratava a cobrança. Com isso, a juíza Tânia Chain entendeu que houve erro no serviço cobrado e determinou à empresa restabelecer o serviço de telefonia móvel para a cliente.

Já quanto aos danos morais, a juíza explicou que a empresa não contestou o fato de que a linha telefônica móvel pertencia há mais de três anos à sua cliente, que a usava para contatar todos os seus conhecidos, e o corte justificaria o pagamento dos R$ 6 mil por danos morais. 

Por ser em 1ª instância, a decisão ainda pode ser revertida. A Telefônica Vivo foi procurada por O TEMPO e informou que "não comenta decisões judiciais mas reforça que preza pela qualidade e atendimento aos seus mais de 8 milhões de clientes em Minas Gerais". 

Atualizada às 18h52