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Bolsa Família não foi prejudicado com transferência de recurso, diz governo

Secretário especial da Fazenda afirmou que União decidiu prorrogar o auxílio emergencial por duas parcelas "em princípio" e que estuda manter o 13º do Bolsa Família

Sex, 05/06/20 - 16h39
Secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agênci

O secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou na tarde desta sexta-feira (5) que nenhum beneficiário do Bolsa Família foi prejudicado pela decisão do governo de transferir os recursos do programa para a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência (Secom)

Ele lembrou que o governo decidiu prorrogar o auxílio emergencial por duas parcelas "em princípio" e que, depois da medida provisória que previa o pagamento permanente do 13º para o Bolsa Família caducar, o governo analisará o espaço orçamentário para esse medida neste ano.

"O custo do 13º do Bolsa Família deve ser de cerca R$ 2,5 bilhões. Alocaremos recursos para pagamento do Bolsa Família conforme decisão política", completou.

Questionado do porquê da transferência de recursos do Bolsa Família para publicidade institucional, e não para ações relacionadas ao covid-19, por exemplo, Rodrigues disse que o Ministério da Economia atende demandas setoriais e que o valor "é muito pequeno" em comparação aos mais de R$ 150 bilhões destinados ao combate da pandemia. "Estamos alocando vários bilhões de reais a áreas associadas à Covid-19", completou.

Conforme portaria publicada quinta-feira (4), o governo federal retirou R$ 83,9 milhões que seriam usados no programa Bolsa Família para destinar à Secom. A medida atinge os recursos previstos para a região Nordeste do País e o dinheiro será utilizado para comunicação institucional, ou seja, para fazer publicidade das ações da gestão de Jair Bolsonaro. O valor total destinado ao Bolsa Família no ano inteiro é de R$ 32,5 bilhões.

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