Proposta

Indústria e agricultura querem que funcionários saudáveis voltem a trabalhar

CNI e Faemg emitiram comunicados nesta sexta-feira (27) sugerindo o isolamento vertical, a mesma medida defendida por Bolsonaro

Sex, 27/03/20 - 18h54

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) propuseram na tarde desta sexta-feira (27) o isolamento vertical nos setores que representam durante a pandemia de coronavírus. A ideia é a mesma defendida pelo presidente Jair Bolsonaro. Esse método prevê resguardar apenas os indivíduos mais suscetíveis, como os idosos e pessoas com doenças crônicas.

De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, os trabalhadores industriais fariam exames rápidos de 15 em 15 dias para verificar se estão com o coronavírus. A medida faria com que 9,4 milhões de profissionais da indústria voltassem às suas atividades. 

A CNI propõe uma parceria com o governo federal, por meio da qual o Serviço Social da Indústria (Sesi) se comprometeria a capacitar e dar assistência para realização de testes rápidos da Covid-19, custeados com recursos do governo federal, para 100% dos cerca de 9,4 milhões de trabalhadores da indústria, a cada 15 dias, com isolamento social apenas de pessoas com exame positivo.

O documento foi encaminhado para os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli; do Senado Federal, Davi Alcolumbre; e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

O presidente da Faemg, Roberto Simões, defende que as medidas necessárias sigam com rigor, mas que é necessário que a economia volte a gerar riquezas. “Se reduzida a economia a mais do que já se encontra, teremos o caos econômico e social no nosso Estado e no nosso país, igualmente grave à pandemia e de consequências muito mais sérias", analisa Simões. 

O documento da entidade mineira foi enviado a todos os prefeitos do Estado. 

 

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.