Coronavírus

Latam vai manter redução de 95% em suas operações de passageiros no mês de maio

Com relação às rotas domésticas, a Latam diz que no Brasil e no Chile as operações continuarão reduzidas em maio, com o objetivo de manter uma conectividade mínima nesses países

Por Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de abril de 2020 | 18:43
 
 
Avião da Latam Lucas Batista/Instagram/reprodução

Devido às restrições de viagens e a queda na demanda na esteira da Covid-19, o Grupo Latam Airlines e suas subsidiárias anunciaram nesta sexta-feira (17) que vão manter a redução de suas operações de passageiros em 95% durante maio de 2020.

"Um mês e meio desde que diversos atores da indústria nos alertaram para a maior crise que o setor sofreu, hoje podemos observar que os impactos são mais profundos e que serão mais duradouros do que o inicialmente previsto", disse o CEO do Grupo Latam Airlines, Roberto Alvo. "Diante desse cenário adverso, é inevitável que o grupo e suas subsidiárias redimensionem seu tamanho e a forma como operam", afirmou.

Com relação às rotas domésticas, a Latam informa que no Brasil e no Chile as operações continuarão reduzidas durante maio, com o objetivo de manter uma conectividade mínima nesses países. "Na medida em que as permissões de operação existam e que se justifique a demanda, o Grupo Latam Airlines e suas subsidiárias avaliarão o reinício de voos nos países onde estão presentes", diz a empresa, em nota.

Nas rotas internacionais, durante o mês de maio, o Grupo Latam Airlines e a Latam Airlines Brasil esperam operar seis frequências semanais entre Santiago e Miami (EUA) e três frequências entre São Paulo e Miami, respectivamente.

Cargas

A Latam Cargo aumentou sua capacidade em 40% entre a América do Sul e a Europa e em 15% da América do Sul para Miami. O segmento não foi prejudicado pelas restrições de mobilidade. A empresa lançou ainda novas rotas de carga de Santiago para a Cidade do México e Los Angeles e está utilizando aviões de passageiros para operar dezenas de voos exclusivamente de cargas pelas Américas - e brevemente para a China para transportar insumos médicos para a América do Sul.

O fluxo de capital para mercados de bolsa e renda fixa dos emergentes ficou positivo nesta semana, somando ao redor de US$ 3,3 bilhões, mostram dados preliminares do Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos 450 maiores instituições financeiras do mundo, com sede em Washington, nos Estados Unidos. É a primeira semana com fluxo positivo desde o início de fevereiro, mostra o monitoramento diário do IIF.

As saídas de capital de investidores não residentes dos mercados de bolsa e renda fixa somaram US$ 100 bilhões desde o início da crise do coronavírus, no final de janeiro, valor que supera outras crises, como a de 2008, de acordo com o IIF.