Palácio da Alvorada

“Não tem nada, nem um traque”, comenta Bolsonaro sobre o vídeo da reunião

Presidente Jair Bolsonaro ataca Sergio Moro e critica pedido de apreensão do celular dele encaminhado pelo ministro Celso de Mello, do STF, à Procuradoria Geral da República (PGR)

Por Da redação
Publicado em 22 de maio de 2020 | 20:37
 
 

Durante coletiva após a divulgação do vídeo da reunião ministerial, na entrada do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro disse que está com a consciência limpa e que as acusações feitas pelo ex-ministro Sergio Moro de interferências no trabalho da Polícia Federal caíram por terra.

“Não tem nada, não tem um traque. Mais uma farsa caiu”, disse Bolsonaro. Mais uma vez, o presidente afirmou que lamenta pelo “triste fim” da carreira do ex-juiz da Lava Jato e disse que Moro será processado por denunciação caluniosa. 

“Lamento, mais uma vez, a forma como o ministro Moro saiu, atirando pra todos os lados. Pegou seu celular e entregou para o Bonner, da Globo, e mostrou prints da senhora Zambelli, e diz que não está à venda. Ora, vai catar coquinhos”, disparou Bolsonaro. “Não tenho nada contra o senhor, quero que o senhor seja feliz, Moro. Mas lamento muito o senhor terminar assim”.

Apreensão do celular

Bolsonaro também voltou a se manifestar sobre o pedido de apreensão do celular dele feito pelo ministro Celso de Mello, do STF. “Me desculpe, ministro Celso de Mello, retire seu pedido. O meu telefone não será entregue. O que o senhor quer com isso? Ninguém vai pegar meu telefone”, disse o presidente.

“Não é meu particular, é um telefone institucional. Tem ligação com chefes de Estado. Eu não acredito que ele tenha feito esse pedido. O Aras vai decidir sim ou não, não sei o que passa na cabeça dele. Ele tem total independência, ele não é meu advogado, é o procurador geral da República”, completou Bolsonaro.