Cursos d’água

Cresce contaminação tóxica das bacias hidrográficas de Minas

Bacias com alta concentração das substâncias passaram de 7%, em 2012, para 9%, em 2013; cinco das nova áreas analisadas tiveram melhoria na qualidade da água

Sex, 28/03/14 - 03h00
Melhoria. Rio das Velhas é um dos que apresentou melhora na qualidade das águas no ano passado | Foto: FOTOS GUSTAVO ANDRADE / O TEMPO

A contaminação por produtos tóxicos nas bacias hidrográficas de Minas Gerais apresentou uma piora entre os anos de 2012 e 2013. De acordo com o Mapa de Qualidade das Águas, apresentado ontem pelo governo do Estado, no ano passado, 84% dos rios tiveram baixa contaminação por metais pesados, como chumbo, arsênio e cianeto, enquanto no ano anterior eram 86% cursos d’água com pouca presença desses materiais. Em contrapartida, o percentual de bacias com alta concentração de substâncias tóxicas passou de 7% em 2012 para 9% em 2013.

O estudo analisou amostras de água de 588 estações de monitoramento e identificou melhorias em cinco das nove bacias hidrográficas sob vigilância Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). Outro importante indicador usado no mapa foi o Índice de Qualidade das Águas (IQA). Nesse quesito, as águas com IQA bom passaram de 25% em 2012 para 32% em 2013. Já os rios com IQA ruim subiram de 19% para 20% entre os anos de 2012 e 2013, e os com IQA péssimo, de 1% para 2%.

Para a diretora geral do Igam, Marília Melo, os dados expõem uma necessidade de aumentar o número de ações em conjunto com os setores industrial e agrícola. “A contaminação por tóxicos tem o viés da produção industrial e da irrigação. Temos que trabalhar isso junto ao setor produtivo para aprimorar os tratamentos dos afluentes industriais”.

Detalhes. O Mapa de Qualidade das Águas não mostra quais rios de Minas estão mais poluídos. No entanto, as bacias que apresentaram pioras no IQA foram as do rio Paranaíba, no Triângulo, do rio Doce, que compreende todo o Vale do Rio do Doce e parte da Zona da Mata, do rio Jequitinhonha, no Vale do Jequitinhonha e Alto Mucuri, e do rio Pardo, no Norte do Estado.

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