Gastrô

Remando contra a maré: confira as boas novas gastronômicas em BH

Espaços abertos recentemente – e outros que ainda estão por vir – garantem renovação no cenário na capital mineira

Seg, 23/08/21 - 06h00

A vida de bares e restaurantes não tem sido fácil desde o início da pandemia. Com as restrições de público, muitos lugares não resistiram e encerraram as atividades. Mas, apesar de difíceis, os últimos meses não foram só de tristeza no setor. Teve quem, na cara e na coragem, decidiu abrir as portas, apostando na máxima de que crise também é oportunidade. De olho sempre atento no cenário da cidade, o Gastrô percorre as principais cinco novidades e traz uma seleção do que surgiu nos últimos tempos, com as pedidas do cardápio já selecionadas a dedo. Bom apetite! 

Beco (Mercado na Boca - Santa Tereza)
Responsável pelas cozinhas com referências lusitanas do Caravela e do Capitão Leitão, o chef português Cristóvão Laruça inaugurou o Beco, uma das várias novidades gastronômicas que ficam dentro do Mercado da Boca, no Santa Tereza, inaugurado em junho. Por lá, o chef propõe pratos repletos de influências internacionais da comida de rua, do Norte da África ao Sudeste Asiático. Os preparos são feitos quase que 100% no fogo e no forno a lenha. “Não tem nada de Portugal, é uma volta ao mundo e com troca de cultura. Uma cozinha sem amarras”, disse o chef que, em breve, inaugura o Turi, restaurante previsto para funcionar no Ponteio Lar Shopping. 
Onde? Rua Silvianópolis, 464, Santa Tereza 
O que pedir? Brigadeiro de chouriço com compota de abacaxi (R$ 28), atum na brasa com salada de legumes grelhados e quinoa (R$ 48, na foto) e ceviche de atum com aviú e sagu de shoyu, servido no canudinho (R$ 32). A geleia de cítricos, produzida por lá, e que acompanha o torresmo de barriga assado é uma atração à parte.  

Naonde 
Comandado pelo casal Vitor Carpe e Alex Dario, juntos há 14 anos, a confeitaria Naonde é uma das boas novas do Mercado Novo, em BH, aberta oficialmente há três meses. No menu, o compromisso é recriar histórias de doces afetivos. “Adoro quando alguém nos conta sobre algum doce que comia quando era criança. E ficamos semanas tentando resgatar o gosto e a textura para desenvolver e levar para o nosso cardápio”, contou Vitor Carpe. Os doces são produzidos para o dia da venda, ou seja, é uma vitrine sempre fresquinha. “Às vezes a gente até chega um pouco atrasado à loja, por causa das fornadas”, brinca.  
Onde? Mercado Novo (av. Olegario Maciel, 742, 2º andar, corredor F, Loja 2.115) 
O que pedir? Bolo de chocolate belga (R$ 20 a fatia) e tortinha individual de limão com massa amanteigada, creme de limão-taiti e merengue (R$ 25) 

Um dos destaques do menu da confeitaria Naonde é a torta de chocolate. Foto: Uarlen Valerio

Nuúu 
Desde que fechou o saudoso Hermengarda, em maio de 2017, o chef Guilherme Melo ficou por conta de consultorias em restaurantes até inaugurar, em abril, o Nuúu, que fica dentro do Novotel, na Savassi. “É um restaurante que valoriza a tradição mineira, nossos produtores, nossos terroirs, em um hotel gastronômico, uma novidade em Belo Horizonte”, disse ele, ao lado da sous chef Beatriz Gomes. Para aproximar os produtos dos seus clientes, o local também possui um empório com os insumos usados nos pratos feitos pelo chef, como azeites mineiros, doces típicos e o pão de queijo feito com receita da Hermengarda, avó do Guilherme Melo.  
Onde? Novotel (av. do Contorno, 6.583, Savassi) 
O que pedir? Vatapá mineiro da Dona Hermengarda (R$ 62) e figos frescos e em compota, sorvete de azeite e redução do vinho do Porto (R$ 26).

 

Carré de cordeiro com batatas gratinadas e jabuticaba (R$ 98), do Nuúu Restaurante. Foto: Ramon Bitencourt

Okinaki 
Depois de conquistar os mineiros com um delivery especializado em comida asiática quente – o Gui&Gabi, projeto que surgiu durante a pandemia –, o casal de chefs Guilherme Furtado e Gabriella Guimarães seguem com a missão de levar aos paladares as mesmas experiências exóticas com o novíssimo Okinaki, cujo menu tem influências de Japão, China e Coreia. “Nosso pegada é um espaço despretensioso, sem frescura e pra comer com as mãos”, conta Gabriella.  
Onde? Av. Álvares Cabral, 1.303, Lourdes. 
O que pedir? Ssäm  (folha de alface recheada com tartare de atum, conserva de cenoura caseira, maionese de gochujang, arroz crocante e brotos de coentro, R$ 36) – e o bao recheado de copa lombo desfiado (R$ 21). 

Divertiti
Depois de reinaugurar o Villa Celimontana, em junho, o chef romano Marco Orsini abriu, neste mês, o Divertiti, dentro do Anchieta Garden Shopping. Com espaço para 35 clientes (com distanciamento social), o local possui menu com clássicos do país da bota e, mais descontraído, aposta em combinados de petiscos e drinks – estes assinados por Samurai e Antônio Bass.  
Onde? Anchieta Garden Shopping (Avenida Francisco Deslandes, 900, Lj. 117, Anchieta) 
O que pedir? Panzerotti – croquetes de batata com queijo provolone e pancetta e Stendino, um “varal” de prosciutto de parma com vários outros petiscos e embutidos italianos.

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