Ambiente virtual

Série BH Instrumental Online tem início nesta quinta, com Célio Balona

A edição homenageia a praça Floriano Peixoto, seu palco principal, e, além da música, a versão virtual permite a inserção de conteúdo que perpassa a história não só do projeto como do espaço

Qui, 29/10/20 - 03h00

Começa nesta quinta-feira (29), em ambiente virtual, em função da pandemia, a  Série BH Instrumental Online. Norteada pelo tema “Música e Memória”, a edição homenageia a praça Floriano Peixoto, seu palco principal. Além da música, a versão virtual permite a inserção de conteúdo que perpassa a história não só do projeto como do espaço - neste caso, com o respaldo do arquiteto Flávio Carsalade, responsável pela restauração da praça, em 2010. As transmissões serão realizadas pelo canal da Veredas Produções no YouTube.

Serão quatro apresentações, de outubro a dezembro, sempre às quintas-feiras, às 20h. Os shows serão abertos por atrações locais, selecionadas por meio do edital 2020 – nas categorias novos talentos e circulação - e, em seguida, um convidado especial, a partir de uma curadoria que apontou nomes que se relacionem, pela música e pela memória, ao projeto e/ou ao seu principal local de realização, cada qual com a sua particularidade. A gravação das apresentações segue os protocolos de segurança para equipe e artistas envolvidos.

Quem começa os trabalhos da Série BH Instrumental Online é o acordeonista Célio Balona.  "Vai ser um prazer muito grande participar do BH Instrumental, porque, na verdade, estamos voltando a trabalhar, os músicos estão podendo voltar, mesmo que online - e, sinceramente, eu acho que é um formato que veio para ficar. Não tem volta, não. Ele vai continuar, vai ser uma outra forma de a gente se comunicar, tocar e ter um público para nos assistir", analisa. 

Com uma trajetória de 65 anos, o instrumentista e compositor tem uma relação estreita com a praça Floriano Peixoto. Criado no bairro Santa Efigênia, fez parte da banda do batalhão militar no complexo da praça. Nesta quinta,  Balona se apresenta com seu filho,  Pingo Ballona (bateria), e mais Adriano Campagnani (contrabaixo) e Christiano Caldas (piano e teclados). "O repertório incluiu músicas do (Astor) Piazzolla, do (Tom) Jobim, do Milton Nascimento e Fernando Brant, do Gonzaguinha... A gente tem um cuidado de pensar um repertório que possa prestigiar a melodia, a harmonia. É isso o que a gente está procurando fazer. Teremos, por exemplo,  'Estrada do Sol' (Jobim e Dolores Duran), 'Oblivion' (Piazzolla) 'Encontros e Despedidas' (Milton Nascimento e Fernando Brant), uma música minha chamada 'Fim de Tarde', que é uma levada totalmente diferente, mais para o pop, meio funkeada; 'Samba de uma Nota Só' (Jobim e Newton Mendonça), com um arranjo totalmente diferente. Na verdade, a gente procura sempre inovar e mostrar um trabalho diferente a cada apresentação".

Já a abertura será com o show “Gratidão”, do quarteto formado por Matheus Luna (violão), Nathan Morais (baixo), Matheus Ramos (bateria) e Jackson Ganga (saxofone). “Gratidão” foi selecionado na categoria Novos Talentos, e traz um repertório inspirado pela passagem de Matheus pela Costa Rica, em 2019. O compositor propõe uma abordagem técnica e de concepção do violão de 7 cordas, colocando o instrumento como protagonista em meio a harmonias e melodias modernas.

Fazendo as honras para Célio Balona, o duo de viola e violão formado por Wilson Dias (viola caipira) e Wallace Gomes (violão) mostra o show “Mucuta”. No interior de Minas, muitos associam a palavra a uma sacola de pano usada para carregar mantimentos - no caso do duo, som, arte, tradição e cultura. "O show é baseado nos dois discos instrumentais que eu fiz, o 'Mucuta', de 2010, são sete faixas dele; e duas do 'Nativo', o mais novo. É um álbum duplo, de 2018. O show é baseado nos dois, mas com foco especial no 'Mucuta'. E euostumo dizer que cada faixa é uma espécie de um retrato sonoro do tempo em que eu ainda vivia lá na roça, eu busco, costumo vestir meus personagens para poder compor esses temas, traduzir em forma de som as imagens que eu busco nas minhas lembranças. Eu, particularmente, estou muito feliz em participar, primeira vez que a viola está no projeto, e isso é muito importante para a viola, para a nossa categoria. Então, estou feliz demais", diz Wilson Dias.  

Confira a programação completa da Série BH Instrumental On-line:
 29 de outubro, 20h

Célio Balona Quarteto
Aberturas: Matheus Luna e Wilson Dias

12 de novembro, 20h
Léa Freire convida Pichú Borrelli
Abertura: Davi Fonseca Quinteto

26 de novembro, 20h
Bebê Kramer & Quarteto
Abertura: Gilson Brito Quinteto

10 de dezembro, 20h
Nivaldo Ornelas – Do Jazz ao Clube da Esquina
Aberturas: Daniel Souza (Quarteto) e Serginho Silva Quinteto

Youtube.com/veredasproducoes
Informações – 31 3222 5271 /  www.veredasproducoes.com.br
Classificação livre/Acesso gratuito
  

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