Transporte

Apesar de vandalismo, uso de patinete elétrico cresce 10% ao mês em BH

Mesmo com indefinição legislativa, casos de vandalismo e até uma morte envolvendo patinetes elétricos a modalidade de transporte aumentou na capital

Ter, 07/01/20 - 03h00

Mesmo com casos de vandalismo e até uma morte envolvendo patinetes elétricos, o uso dos equipamentos da Grow, empresa que nasceu da fusão da Grin e da Yellow, cresceu 10% ao mês na capital em 2019.

Já as bicicletas da empresa tiveram 6% de aumento mensal na capital mineira no período. Para 2020, o objetivo é manter os números em BH e crescer entre 15% e 30% o número de usuários no Brasil. Os dados são da Grow.

O chefe global de relações públicas da Grow, André Kwak, afirma que a atuação foi bem sucedida. “Nossa expectativa é de que tenhamos mais clientes, que os equipamentos sejam mais utilizados no dia a dia e que esses números se mantenham”, diz. 

Questionado sobre a percepção de alguns usuários de que o número de patinetes e bicicletas diminuiu nos últimos meses, Kwak afirma que não houve redução e afirma que a impressão pode estar relacionada à manutenção dos veículos.

Legislação

Em julho do ano passado, o prefeito de Alexandre Kalil (PSD) vetou projeto aprovado na Câmara que regulamentava o uso de patinetes motorizados na cidade.

Na época, ele afirmou que a proposta era “inconstitucional” e garantiu que a BHTrans apresentaria um estudo que seria base para um decreto de regulamentação.

A agência de trânsito afirmou que seus técnicos “já estão escrevendo a proposta legislativa” e que a publicação deve ocorrer neste ano.

O vereador Gabriel Azevedo (sem partido), por outro lado, está insatisfeito com a demora.

Ele estuda, inclusive, apresentar novamente o texto que tramitou na Casa no ano passado se a prefeitura não se posicionar sobre o assunto antes do fim do recesso parlamentar deste ano, no final de janeiro.

“Kalil prometeu que (o decreto) sairia em um mês. Desde então, mandamos um ofício para a BHTrans cobrando todos os meses”, diz. A Grow afirma não ser contrária à regulamentação.

Vandalismo não impactou operação

Em janeiro, duas bicicletas da Grow foram atiradas no rio Arrudas. Em junho, dois patinetes da empresa também tiveram o mesmo destino. Porém André Kwak afirma que o vandalismo não têm impactado a atuação da Grow em BH.

“Nosso sistema de transporte se assentou no ano passado e entrou no cotidiano das pessoas. Elas não veem mais as cidades sem essa opção de transporte”, diz.

Acidente

Em setembro de 2019, o engenheiro Roberto Pinto Batista Júnior morreu após cair de um patinete  eletrico em BH. Ele sofreu traumatismo craniano e duas paradas cardíacas.

Preferidos

Os lugares em Belo Horizonte onde mais se anda de patinete elétrico, segundo a Grow, são as avenidas Afonso Pena, Bias Fortes e Contorno.

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