Belo Horizonte foi uma da três capitais brasileiras que tiveram desempenho positivo no ranking de desenvolvimento econômico da Brookings Institution, dos Estados Unidos. No levantamento do ano passado, a capital mineira ficou na 187ª posição, enquanto que na edição anterior ocupava o 276ª lugar.
O instituto analisa anualmente o desempenho das 300 maiores economias metropolitanas do mundo com base na evolução do seu Produto Interno Bruto (PIB) per capita e da criação de empregos. No caso de Belo Horizonte, o resultado foi fruto do aumento de 1,5% na geração de vagas. Entretanto, o PIB per capita teve variação negativa (-0,3%).
Para o economista e pesquisador da Fundação João Pinheiro (FJP), José Osvaldo Lasmar, Belo Horizonte conta com vários atrativos entre eles, a localização geográfica estratégica, já que está próxima de centros consumidores importantes, como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. “A capital também é sede de uma das faculdades federais mais importantes do país, que é a UFMG, que desenvolve trabalhos científicos relevantes”, observa o pesquisador.
Ele ressalta que pelas características da cidade não há espaço físico para atividades como as grandes indústrias. “Ciência, tecnologia e design devem ser incentivados. Temos um parque tecnológico, que é estratégico, mas que ainda não decolou. Além do mais, precisamos internacionalizar a capital”, diz. Lasmar frisa, portanto, que há barreiras que devem ser superadas, como a falta de mobilidade urbana.
O secretário municipal de Desenvolvimento, Marcelo de Souza e Silva, afirma que o desempenho de Belo Horizonte não é uma surpresa. “A capital tem localização estratégica e ambiente favorável para os negócios”, aponta o secretário.
Além de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Recife melhoraram de posição no estudo. Das 11 metrópoles brasileiras analisadas, oito tiveram queda no ranking de crescimento econômico.
Rio de Janeiro
Destaque. O Rio de Janeiro obteve a melhor posição entre as cidades do país: 162º lugar em 2014. A cidade teve alta de 1,8% no emprego e queda de 0,2% no PIB per capita frente a 2013.
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