BH

Calor faz faltar sorvete em BH 

Temperaturas acima de 36º fazem sorveterias baterem recorde de vendas, e crescimento chega a 25%

Ter, 21/10/14 - 03h00
Que calor! Estabelecimentos da capital mineira superam expectativa de vendas de sorvetes por causa da onda de calor dos últimos dias | Foto: JOAO GODINHO / O TEMPO

No fim de semana que os termômetros da capital mineira chegaram a 36,6°C, faltou sorvete para refrescar todo mundo. O consumo do produto ultrapassou, pelo menos, 20% do esperado pelos lojistas, segundo a presidente do Sindicato Intermunicipal da Indústria de Sorvetes (SindSorvete-MG), Elisabete Andreia Teixeira Prata. “Mesmo quem se preparou não imaginava que seria a explosão de procura que tivemos nesse fim de semana. Tivemos recorde de vendas. Na minha loja aumentamos de 10% a 20% a quantidade em comparação com a alta temporada do ano passado e, mesmo assim, no final do domingo (anteontem) alguns sabores mais procurados faltaram”, afirma.
 

A ausência dos populares potes de dois litros foi sentido no domingo nas padarias dos bairros da cidade. Mesmo ontem alguns comerciantes ainda não tinham feito a reposição de seus estoques das marcas nacionais. “O estoque foi todo embora, e estamos aguardando a entrega das empresas. Mas, no momento, estamos sem sorvete de pote dois litros”, diz Maria Gomes, caixa da padaria Gamela no Alípio de Melo, na região da Pampulha.

As fábricas locais é que saíram ganhando com essa procura acima do esperado. Para Elisabete Teixeira Prata, as empresas da capital tiveram uma oportunidade esse fim de semana de atender os cliente de maneira mais rápida que as marcas nacionais. “A logística do sorvete não é fácil, e ainda é cara. Por isso, um domingo como esse é excelente para o produtor daqui”, afirma ela.

“Esse fim de semana recebemos pedidos maiores de clientes em Lagoa Santa e Serra do Cipó. Para as nossas lojas, fizemos hora extra durante a semana passada e também no sábado para suprir a demanda do domingo”, explica Débora Barbosa de Oliveira, funcionária da Amora e Mel Sorvetes e Picolé que tem lojas nos bairros Cidade Nova, Floresta, União e Venda Nova, em Belo Horizonte.

A Sorvete Salada preparou-se para o calor e abocanhou um crescimento de 25% no público de suas 14 lojas na região metropolitana de Belo Horizonte em relação ao domingo anterior. “O domingo do Dia das Crianças, que foi o anterior, já foi muito bom e, esse último, ainda crescemos 25%”, comemora Raquel Rabelo, gerente de marketing da empresa de Belo Horizonte.

A rede espera fechar o mês de outubro de 2014 30% melhor que o mesmo mês do ano passado. “O mês de outubro já está, historicamente, entre os três melhores do ano em termos de venda. Em 2014, está ótimo porque tivemos um dia da criança no domingo, muito calor e eleições”, afirma Raquel Rabelo.

O crescimento acima do esperado também foi sentido na fábrica Skiju Sorvetes. “Aguardamos um crescimento de, pelo menos, 30% em relação à baixa temporada para as sorveterias, que termina com o início da primavera”, explica Wander Bertolace, dono da Skiju.

Outro lado. A Unilever, dona da marca Kibon, diz, em nota, que nessa época de grande demanda que é o verão define com antecedência a estratégia para atender e abastecer mais de 100 mil pontos de vendas espalhados pelo Brasil A empresa não confirma que haja desabastecimento de produtos da marca na região metropolitana de Belo Horizonte e que a entrega é devidamente planejada de acordo com a demanda.

Principais altas

Entre agosto e outubro:

Tomate comum: de R$ 2,80 para R$ 3,91 (+39,64%);

Chuchu: ; de R$ 1,90 para R$ 2,57 (+35,26%)

Quiabo: de R$ 8,09 para R$ 10,22 (+26,33%)

Melancia: de R$ 1,29 para R$ 1,61 (+24,81%)

Jiló: 0de R$ 3,92 para R$ 4,88 (+24,49%)

Pimentão verde: de R$ 3,66 para R$ 4,49 (+22,68%);

Limão Tahiti: de R$ 3,27 para R$ 3,99 (+22,02%)

Eleições

Lei Seca. Segundo Raquel Rabelo, da Sorvete Salada, o consumo de sorvete nas eleições aumenta. “A lei seca nos ajuda, como o pessoal não vai para o bar, vai para a sorveteria”, afirma.

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