A Câmara dos Deputados discutiu nessa terça-feira (23), em audiência pública, a polêmica sobre o retorno dos aviões de grande porte ao aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. “Não podemos ter uma discussão tão séria sendo tratada de maneira simplificada. Belo Horizonte tem atualmente uma estrutura federal ociosa. E nosso objetivo aqui foi traçar propostas que possibilitem a otimização da infraestrutura do aeroporto da Pampulha em atendimento à demanda de passageiros e de empresas aéreas, além de garantir a sustentabilidade da estrutura instalada na capital”, disse o deputado federal Laudívio Carvalho (SD-MG), que presidiu a audiência.
Durante as discussões, a Infraero e as companhias aéreas Gol e Avianca se mostraram favoráveis à retomada dos voos na Pampulha. Já a Azul Linhas Aéreas e a BH Aiport, concessionária do aeroporto de Confins, são contrárias à iniciativa.
O presidente da BH Airport, Paulo César Rangel, apresentou números que mostram os investimentos realizados no terminal e destacou que a reabertura de Pampulha irá gerar uma concorrência desnecessária.
Dos parlamentares da bancada mineira presentes, apenas o deputado e ex-ministro Mauro Lopes (PMDB/MG) foi contra a retomada dos voos na Pampulha.
O assunto está num impasse. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) publicou, no “Diário Oficial da União”, a certificação de categoria de aeronave 3, que permite ao aeroporto da Pampulha voar com aeronaves 737, 700 e A319, que têm capacidade média de 140 passageiros. O aeroporto está tecnicamente autorizado pela Anac, mas uma portaria assinada pelo ministro dos Transportes, Maurício Quintella, limitou Pampulha a voos diretos com demais aeroportos regionais.
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