Processo judicial

Coca-Cola diz que rato na bebida ‘não tem fundamento’

Caso mancha marca da fabricante nas redes sociais

Por Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2013 | 03:00
 
 
Wilson Batista Rezende já fez greve de fome e expõe seu caso nas ruas de São Paulo Foto: arquivo pessoal/Facebook

A Coca-Cola divulgou, em sua página no Facebook, um comunicado afirmando que a acusação de um consumidor que teria adquirido uma doença após ingerir o refrigerante contaminado com restos de rato não tem fundamento. Em seu perfil na mesma rede social, Wilson Batista Rezende conta que sofreu intoxicação por veneno de rato após tomar o conteúdo de uma garrafa do produto, comprada num pacote de seis pets. O caso ocorreu em 2000. Desde então, ele sofre com dificuldades para falar e se locomover, e move processo contra a empresa, ainda não julgado.


O caso ganhou notoriedade há cerca de duas semanas, quando foi exibido em reportagem da TV Record. Desde então, gerou uma enxurrada de críticas à marca nas redes sociais, o que acabou levando ao pronunciamento da Coca-Cola.

Rezende conta que tomou apenas um gole, já que, logo após, sentiu ardência e gosto de sangue na boca. “Senti minha garganta queimar e como se minha língua estivesse cortada”, conta ele no Facebook. O consumidor afirma ter entrado em contato com a empresa, mas que não recebeu auxílio a não ser uma oferta para trocar o produto. Nos dias seguintes, ele piorou.

Três das garrafas foram entregues ao Ministério Público para ser periciadas pelo Instituto de Criminalística. “Fiquei com uma única contendo a parte mais visível, a cabeça de um rato”, diz.

À reportagem da TV Record, há poucos dias, ele mostrou a garrafa com uma cabeça de rato. O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) também analisou o caso e afirmou, em seu laudo, que o lacre não foi violado.

No comunicado, a Coca-Cola afirmou que “os processos de fabricação e rígidos protocolos de controle de qualidade e higiene tornam impossível que um roedor entre em uma garrafa” em suas instalações fabris. “Lamentamos o estado de saúde do consumidor, mas reiteramos que o fato alegado não tem fundamento e é totalmente equivocada a associação entre o consumo do produto e o seu estado de saúde”, continua o texto.


No decorrer do processo, todas as seis garrafas foram periciadas e, agora, cabe à Coca-Cola o ônus da prova – ou seja, é ela que tem que provar que não havia rato na bebida, e não mais o contrário.

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