mercado de trabalho

Com falta de mão de obra, bares e hotéis têm 5 mil vagas de emprego em BH

Setor alega que procura por trabalho nos aplicativos de transporte têm dificultado as contratações; baixos salários diminuem o interesse

Por Da Redação
Publicado em 12 de janeiro de 2023 | 17:19
 
 
Presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de BH e Região Metropolitana (SindHotéis / SindiHBaRes), Paulo Cesar Pedrosa Foto: Simon Nascimento

Em meio à escassez de mão de obra, o setor de hotéis, bares e restaurantes em Belo Horizonte e região metropolitana de Belo Horizonte deverá contratar no mínimo 5 mil funcionários em 2023. A expectativa é que as vagas sejam criadas a partir de fevereiro, para o Carnaval, com as contratações se estendendo ao longo do ano. As oportunidades não são temporárias, segundo o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de BH e Região Metropolitana (SindHotéis / SindiHBaRes), Paulo Cesar Pedrosa.

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (12), Pedrosa afirmou que apesar do alto número de vagas, há dificuldades para preencher os postos de trabalho no setor que perdeu cerca de 14 mil trabalhadores demitidos durante a pandemia. Ele alegou que a entrada massiva de profissionais em aplicativos de mobilidade tem tirado profissionais do setor. 

As principais carências são para camareira, recepcionista, garçons, cozinheiros, pasteleiros, pizzaiolos e gerentes de loja. “Os salários da nossa categoria ainda estão baixos, em um patamar abaixo do mercado”, admitiu Pedrosa. Ele afirmou que o setor ficou sem convenção coletiva de trabalho por cinco anos, levando a uma queda na faixa salarial do setor. “Tinha empresas pagando apenas um salário mínimo. Em 2022 assinamos a convenção e estamos acertando para 2023 também para melhorar”, disse. 

Pedrosa anunciou uma capacitação que vai ser oferecida pelo Senac e Fecomércio em parceria com o sindicato. Os detalhes para participação nos cursos estão sendo fechados entre as partes. A expectativa é de que os alunos iniciem a capacitação no máximo após o Carnaval. “Estou no sindicato há 30 anos e nunca vi uma situação dessa, de falta de mão de obra. Os aplicativos tiraram muitos profissionais e temos urgência com essa capacitação”, complementou Pedrosa. 

Conforme o sindicato, caso as 5 mil vagas sejam preenchidas o setor tem ainda uma demanda de cerca de 5 mil profissionais que foram demitidos durante a pandemia e não foram recontratados.