Esperança

Consumidor já busca produto para o Natal 

Economia lenta do país não abala setor

Por ludmila pizarro
Publicado em 20 de setembro de 2014 | 03:00
 
 
Nas lojas especializadas da capital estão sendo dados os últimos retoques na decoração natalina Foto: LEO FONTES / O TEMPO

Em pleno setembro, o comércio de Belo Horizonte já está pronto para as festas de fim de ano. Lojas Americanas, 1001 Festas, Cash Box, Casa Maia e Loja Futuro são exemplos de locais onde o consumidor já pode encontrar produtos com o tema natalino. “Já estamos com decoração em todas as lojas, e as contratações já foram feitas. Antecipamos para setembro os temporários para treiná-los e não termos surpresa em novembro quando estivermos no auge das vendas”, afirma Marcílio Costa, gerente da Casa Maia, no bairro de Lourdes, na capital.

O cenário econômico nacional não é dos mais animadores, segundo a economista da Câmara dos Dirigentes Lojistas Ana Paula Bastos. “Com o aumento da inflação, o crédito escasso e o aumento da inadimplência, a tendência é termos um Natal de lembrancinhas. O comércio está em queda tanto no país como no Estado e isso vai afetar o Natal também”, afirma.

Marcílio Costa, no entanto, declara que o cenário econômico não é preocupante. “Ficamos surpresos como, em setembro, os clientes já estão nos procurando. Tanto o consumidor final como os clientes corporativos que fecham decoração e alugam as árvores”, diz o gerente, que completa dizendo que a expectativa é alta. “Estamos sem medo de uma crise econômica, recessão, nada disso. Até porque, mesmo com crise, o Natal sempre toca as pessoas”, opina.

Para a empresária Cláudia Travesso, da Casa Futuro, a expectativa é de um 2014 tão bom quanto o ano passado. “Os projetos de decoração que fechamos com empresas e municípios seguiram o ritmo de 2013, sem perda alguma. Acredito que no varejo vamos ter o mesmo movimento”, avalia.

Os preços não irão variar muito dos praticados em 2013, segundo Marcílio Costa. “O padrão de valores está bem próximo do ano passado. Nossas árvores vieram no mesmo preço. Estamos investindo em produtos com bom custo benefício porque os clientes estão pedindo isso. Mas também temos os produtos de luxo, que são mais caros”, diz o gerente. “Outro destaque são os produtos que utilizam luzes de LED, como árvores e guirlandas, porque elas têm um consumo menor de energia e a decoração fica mais econômica”, completa Marcílio Costa.