Negativo

Contagem é a 5ª cidade que mais demitiu no país em 2014

Segundo o Ministério do Trabalho foram dispensadas mais de 4 mil pessoas apenas no primeiro semestre

Qua, 23/07/14 - 11h00
Razão. Comércio teria dispensado principalmente antes e durante a Copa do Mundo porque os trabalhadores preferiram a informalidade | Foto: RODRIGO CLEMENTE / O TEMPO 05/01

Contagem é a quinta cidade que mais dispensou trabalhadores com carteira assinada no primeiro semestre de 2014, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, com 4.177 demissões. A razão para o mau resultado da cidade não está só indústria, um dos setores mais fortes do município.

O Sine de Contagem conta com 2.500 vagas abertas no momento, com dificuldade de preenchimento, e ainda assim mil trabalhadores deram entrada no pedido de seguro-desemprego, no último mês.

A explicação, de acordo com a Prefeitura de Contagem, é que os setores de comércio e serviços dispensaram trabalhadores, principalmente antes e durante o período da Copa do Mundo, a pedido deles mesmos. Eles preferiram sair do emprego fixo e entrar no mercado informal. “Saíram do emprego com carteira assinada para trabalharem fazendo artigos para a Copa”, revela a prefeitura, por meio de sua assessoria de imprensa.

Ipojuca, em Pernambuco, foi a cidade que mais demitiu no país. Foram 11 mil cortes, segundo o Caged. A razão foi o fim das obras no porto de Suape. As outras cidades também à frente de Contagem no quesito demissões são Coruripe (-7.062), em Alagoas, Manaus (-6.261), no Amazonas, e Santa Rita (-4.237), na Paraíba.

O lado bom
Das vagas abertas nos seis primeiros meses do ano, 150,6 mil – 25,6% do total – foram criadas em 13 cidades: São Paulo, Brasília, Cu[/NORMAL]ritiba, Goiânia, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Altamira (PA), Santa Cruz do Sul (RS), Franca (SP), Joinville (SC), Belo Horizonte, Lauro de Freitas (BA) e Blumenau (SC).

Belo Horizonte está em 11º lugar no ranking das que mais contrataram. Embora os números não tenham sido assim tão significativos para uma cidade do porte da capital mineira – 6.118 empregos gerados nos primeiros seis meses do ano –, há uma tendência à estabilidade do emprego.

“Isso é positivo para o comércio. Quando as pessoas estão empregadas, elas consomem e sustentam as vendas”, diz a economista da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Iracy Pimenta.

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