Economia criativa

Criatividade e inovação para impulsionar sustentabilidade

Além do grande potencial de crescimento, setor proporciona bons negócios e ideias

Sáb, 29/06/13 - 03h00
Novas atividades econômicas, ideias e produções cinematográficas que envolvem a criatividade fazem de Cataguases uma cidade-referência para a cultura | Foto: Camila Botelho/divulgação

A criatividade e a cultura são recursos inesgotáveis. Além de estarem entre as grandes apostas da chamada “indústria criativa”, elas reforçam a importância de buscar ações cada vez mais inovadoras para potencializar o desenvolvimento sustentável em diversos setores que movimentam a economia. Mais do que preservar identidades e valores regionais, a sustentabilidade na economia criativa pode representar novas oportunidades de emprego, mais consciência ambiental, mais competitividade para as empresas e boas ideias.

“Essa nova indústria envolve a criação, a produção, a distribuição e o consumo de produtos e serviços que utilizam, como principais ativos, o conhecimento e o capital intelectual”, explica a analista da Unidade de Comércio, Serviços e Artesanato do Sebrae-MG, Regina Vieira. Da literatura ao cinema, passando por moda, teatro, design, música, comunicação, e incluindo a produção de jogos eletrônicos, projetos arquitetônicos e publicitários, engenharia, pesquisa e desenvolvimento, a economia criativa é responsável por 2,7% do total do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, movimentando cerca de R$ 110 bilhões por ano, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Ainda de acordo com Regina, os setores criativos brasileiros estão se posicionando de forma mais profissional e diferenciada no mercado, estimulados, inclusive, pelo alto nível de empregabilidade em toda cadeia de produção. “A economia criativa é um setor que possui potencial ilimitado para crescer e apresenta um novo olhar de desenvolvimento para as cidades. Além disso, tem produção limpa, já que não trabalha com o esgotamento de recursos naturais e gera produtos e serviços de alto valor agregado”, pontua.

Diálogo e foco criativo. O Brasil tem investido mais para se destacar na categoria Design. Os trabalhos ganham destaque pelo brilhante foco criativo e também por conseguirem dialogar com o mundo de maneira efetiva e próxima. Além de estar conectado com a linguagem adotada na arquitetura e na ambientação dos espaços, ele também passa a se tornar um elemento estratégico para reafirmar a identidade de uma empresa e até no jeito de fazer negócios.


O designer mineiro Gustavo Greco, diretor de criação da Greco Design e ganhador do prêmio mais famoso do design e da publicidade, o Leão de Cannes, aposta nesse filão e ressalta a importância do design como uma estratégia de mercado. “O design, atualmente, visto como ferramenta de negócio, inovou o seu repertório técnico e criativo para tornar tangíveis as estratégias das empresas e materializar as características que influenciarão o comportamento do consumidor no momento da escolha por este ou aquele produto, por esta ou aquela marca”, pontua.

De acordo com o designer, a nova economia voltou-se para ofertas de experiências e envolvimento emocional do consumidor, e, nesse novo cenário, “não cabe mais ao designer projetar somente produtos, mas construir uma conexão emocional das marcas com seu usuário e promover uma relação memorável e duradoura entre eles”.
 

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