Ouça a notícia
Seis em cada dez consumidores da capital entrevistados pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) devem comprar presentes para o Dia dos Namorados. Na comparação com o ano passado, o percentual de moradores da capital que vão presentear teve um aumento de 10,1%. O crescimento na quantidade de pessoas que devem comprar o presente vai ajudar a garantir o crescimento das vendas de até 1,36%, já que o valor do presente deve ser 20,1% menor do que o gasto em 2018. O tíquete médio é R$ 110,55 em Belo Horizonte.
A estimativa da CDL-BH é que R$ 2,08 bilhões sejam injetados na economia da cidade em função da data. “O Dia dos Namorados tem a vantagem de ser uma data que movimenta dois mercados, masculino e feminino”, observa a economista da CDL-BH Ana Paula Bastos. Ela ressalta que o crescimento das vendas com a data será modesto tendo em vista o ambiente econômico. “A instabilidade política afeta a confiança dos empresários e consumidores”, observa. De acordo com a pesquisa, os itens de vestuário devem ser os mais procurados para a data. As roupas são a melhor escolha de presente na opinião de 56,6% dos consumidores, seguida pelos calçados (23,3%).
Nacional
No país, a adesão de pessoas que devem presentear é a mesma verificada pela CDL-BH: seis em cada dez, o que significa 98,7 milhões de pessoas, número que se mantém estável na comparação com o ano passado. E da mesma forma que foi verificado em Belo Horizonte, o gasto médio deve ser menor que em 2018, segundo levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em todas as capitais.
De acordo com o estudo, em média, o consumidor brasileiro planeja desembolsar R$ 126,98 com os presentes do Dia dos Namorados, ante R$ 166,87 em 2018, o que representa uma queda de 27,5%, já descontada a inflação acumulada do período. Para este ano, a expectativa é que sejam injetados cerca de R$ 12,53 bilhões na economia nacional com a data.
O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, ressalta que país ainda vive os efeitos de um quadro com altos níveis de desemprego e orçamento apertado. E, embora para muitos consumidores o momento seja de conter os gastos, esta é uma data importante, em que o ato de presentear acaba sendo uma demonstração de afeto.
Ainda conforme o levantamento, 56% dos consumidores têm a percepção de que os produtos estão mais caros do que no ano passado. Outros 38% acreditam que os presentes se mantiveram na mesma faixa de preço, e apenas 5% acham que os produtos estão mais baratos do que em 2018.
De olho no bolso, 76% dos consumidores pretendem fazer pesquisa de preço. Entre os que disseram ir em busca de melhores ofertas, 69% pretendem usar a internet como aliada, 48% pesquisarão em shoppings, e 43%, em lojas de rua.
Comemorar em motel está 4,11% mais caro
Os casais que forem comemorar o Dia dos Namorados num motel vão pagar 4,11% mais por um apartamento ou suíte luxo do que em junho do ano passado, segundo levantamento do site Mercado Mineiro. O valor é referente a duas horas durante a semana. No ano passado, era cobrado R$ 96,86. Neste ano, o valor cobrado é de R$100. A pernoite em suíte simples que custava, em média, R$ 88,45 subiu para R$ 91,86, alta de 3,86%.
O diretor do site Feliciano Abreu ressalta que o consumidor tem a opção dos hotéis que oferecem pacotes com jantar e mais a pernoite. “O mercado ficou mais concorrido nesta data”, diz.
Além dos motéis, o site pesquisou o preço de flores em Belo Horizonte e região metropolitana. Abreu observa que o buquê com uma dúzia de rosas pode custar de R$ 60 até R$ 189, uma variação de 215%.
Dinheiro
Cautela. O dinheiro será a forma de pagamento mais utilizada pela maioria dos consumidores (62%) para comprar o presente do Dia dos Namorados, segundo pesquisa da CDL-BH.
---
O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.
Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.