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Em BH, brinquedos perdem força neste Dia das Crianças 

Tíquete médio não vai passar de R$ 75 para a maioria dos consumidores

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 03 de outubro de 2014 | 03:00
 
 
Menos. Brinquedo tem preferência de 45,84% dos consumidores Foto: FOTOS GUSTAVO ANDRADE / O TEMPO

Presentes tradicionalmente preferidos no Dia das Crianças, os brinquedos perderam espaço na capital mineira neste ano.

Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/ BH), em outubro de 2013, esses produtos foram a opção de 62,69% dos consumidores, enquanto, neste ano, são a preferência de 45,84%. Já as roupas e os calçados avançaram de 23,88% para 40,55% das escolhas no período. “O poder de compra está menor, mas, para não deixar de presentear, o consumidor vai gastar menos”, diz a economista da entidade, Iracy Pimenta.

E vai mesmo. Neste ano, 56,85% das pessoas pretendem consumir menos em relação ao ano passado. Além disso, a maioria dos entrevistados não deve gastar mais do que R$ 75 nas compras. Entre esses, 14,04% vão desembolsar, no máximo, R$ 30 – maior índice dos últimos três anos. “O cenário econômico está difícil, com juros maiores, o que impede o consumidor de gastar demais”, afirma Iracy.

Segundo a economista, a principal forma de pagamento na data também reflete a desaceleração econômica. Em 2014, 33,67% dos consumidores vão dividir as compras em parcelas no cartão de crédito, ao contrário do que aconteceu nos últimos dois anos, quando o dinheiro foi o meio de pagamento mais utilizado. “O ideal é pagar à vista para ficar sem dívidas, mas isso está difícil”, diz. Em 2014, o dinheiro ocupa a segunda posição entre as preferências, como opção de 31,63% dos consumidores.

Neste ano, o presente será a única forma de comemoração da data para 52,38% dos consumidores. Para o restante dos entrevistados, haverá passeios como parque (18,18%) e almoço fora (12,99%).

Ainda de acordo com a pesquisa, o principal obstáculo na hora das compras é o preço dos produtos, considerado dificuldade para 28,85% dos consumidores. O atendimento desqualificado é o segundo maior problema. “Por isso, os comerciantes devem investir em outras formas de atrair os clientes, como atendimento diferenciado e diferenciais como brindes, promoções e ofertas”, afirma Iracy.

Na loja Brinkel, na região noroeste de Belo Horizonte, a expectativa é que as vendas cresçam 5% neste Dia das Crianças, em comparação com o ano passado. “Eu considero um número bom porque este ano está difícil, e quem consegue empatar as vendas já está satisfeito”, diz o proprietário, Altair Rezende.

Segundo ele, as pessoas já começaram a comprar, mas o auge das vendas deve ficar para a última hora. “Quanto mais próximo da data, mais o movimento aumenta. O pico é no dia 11 e no próprio dia 12 de outubro”, afirma.

Previsão ruim

Na capital. As vendas no Dia das Crianças devem crescer até 1,5% neste ano, segundo a CDL/ BH. “O Natal é a principal data, mas também deve ser fraco”, diz Iracy Pimenta.