No Aeroporto Industrial de Confins

Fábrica de painéis solares inicia operação em Lagoa Santa na sexta-feira (12)

Amerisolar, empresa de matriz chinesa, planeja gerar 2 mil empregos, investir R$ 55 milhões no primeiro ano e estuda atuar também em Betim

Por Rômulo Almeida
Publicado em 08 de março de 2021 | 21:00
 
 
Fábrica fica no aeroporto-indústria de Confins Foto: Amerisol

Com previsão inicial de geração de 2 mil empregos, a Amerisolar, empresa que fabrica placas de energia fotovoltaica, inicia suas atividades, na sexta-feira (12), no Aeroporto Industrial de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte. O grupo econômico do qual a companhia faz parte estuda expandir o investimento no território mineiro e atuar em Betim também no segmento de energia solar.

A empresa planeja produzir os painéis fotovoltaicos com tecnologia chinesa para os mercados interno e externo, para atender à crescente demanda de empresas e famílias que visam a reduzir gastos com energia. “Vamos distribuir para o brasil inteiro, e faz parte dos nossos planos exportar 50% da produção. A energia fotovoltaica é sinônimo de sustentabilidade, de economia, e nesse momento de crise econômica, todas as empresas, todas as famílias buscam racionar custos”, explica o CEO da Amerisolar, Gustavo Henrique de Almeida.  

O endereço da fábrica é na cidade de Lagoa Santa, que abriga o aeroporto-indústria de Confins. O local foi escolhido pelos empresários pelas suas vantagens tributárias. “O Aeroporto Industrial de Confins é uma zona alfandegada, uma zona livre de tributação, então, para nossa operação, é estratégico estar lá”, diz Gustavo. 

A fábrica que começa a funcionar na semana que vem vai levar à região metropolitana de BH oportunidade de emprego e aporte financeiro milionário. “Em termos de investimento global, durante o primeiro ano de operação, estamos falando em R$ 55 milhões. E mais de 2 mil empregos serão gerados pela Amerisolar”, diz o diretor.  

O diferencial da companhia, segundo Gustavo, é o período de garantia de eficiência energética das placas fotovoltaicas, que é de 30 anos. “O maior período de garantia do mercado fotovoltaico”, afirma.  

A Amerisolar Brasil tem como sócios os donos da matriz chinesa da empresa, fundada há 25 anos. A ideia do conglomerado que comporta a Amerisolar é expandir as atividades no território mineiro.

“O nosso grupo econômico pretende atuar também em Betim, não com a Amerisolar diretamente, mas com outras empresas que fazem parte do grupo. São empresas do mesmo seguimento, de energia solar”, explica o CEO. 

Hospital da Baleia. 

Outra boa notícia para o setor de energia solar em Minas Gerais é a instalação de uma usina fotovoltaica no Hospital da Baleia, no bairro Saudade, em Belo Horizonte. Esta será a maior estrutura de produção de energia solar em território urbano do Estado. As obras foram lançadas na quarta-feira (3) e devem durar três meses após autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Belo Horizonte. 

A expectativa é que com a construção da usina a instituição tenha uma economia de mais de R$ 1 milhão por ano no valor da conta de energia elétrica. A energia produzida mensalmente será o equivalente ao consumo de 1.500 residências.  Com a instalação, o complexo deixará de emitir 66 toneladas de CO² por mês. 

A obra ocupará uma área de 24 mil metros quadrados, proporcional a três campos de futebol. Ela será construída próximo ao prédio da Radioterapia, local com condições ideais para geração solar devido à sua inclinação natural para o norte e por não utilizar qualquer área de preservação ambiental. 

A obra tem um custo previsto de R$ 4 milhões, valor 100% doado pela família Pentagna Guimarães, filhos do empresário Paulo Vivas Guimarães. A data de lançamento da obra celebra o centenário de nascimento do homenageado. 

Setor em crescimento.  

Uma pesquisa realizada pelo Canal Solar, com base nos dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), mostrou que a geração distributiva (GD) de energia fotovoltaica no Brasil teve uma alta de 77,83% no primeiro semestre de 2020 em comparação com o mesmo período de 2019.