ECONOMIA

Fiscais agropecuários encerram greve

Redação O Tempo

Por Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2005 | 23:13
 
 

BRASÍLIA " A Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa) informou ontem em seu site na internet que a maioria dos ficais representados pelas comissões estaduais de paralisação decidiu pela suspensão da greve. Os fiscais estavam em greve desde o dia 7 de novembro.

Não há, porém, informações oficiais sobre um possível acordo entre os fiscais e o Ministério do Planejamento para reajuste salarial da categoria. A última proposta do governo previa reajuste de 15%, acordo que foi rejeitado pelos grevistas.

No Rio Grande do Sul, os fiscais federais agropecuários aguardavam informações do comando nacional de greve sobre o andamento das decisões nos demais Estados para anunciar oficialmente o fim da paralisação.

Segundo a coordenação regional da greve no Estado, a proposta aceita pela categoria prevê 20% de reajuste sobre o salário-base de dezembro de 2005, divididos em 10% em janeiro e 10% em junho de 2006.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) também propôs a criação de um grupo de trabalho para elaborar um plano de carreira para a função.

Paralisação
Depois de 18 dias de greve, os fiscais agropecuários federais, no início da semana, receberam da área econômica do governo uma proposta de reajuste de 15% e, por causa disso, decidiram voltar ao trabalho nesta sexta-feira.

No início da semana, porém, a oferta da área econômica do governo foi recusada pela categoria de fiscais federais agropecuários.

O não à contraproposta do Ministério do Planejamento levou o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, a assinar uma portaria transferindo aos estados a competência pela fiscalização, inspeção e emissão de certificados às exportações. Entretanto, os grevistas ameaçaram ir à Justiça contra a decisão do Ministério do Planejamento.

De acordo com o Ministério da Agricultura, os fiscais terão direito a um aumento de 10% em janeiro de 2006 e outro reajuste de 10% em junho do ano que vem. Estima-se que durante os dias de paralisação, o país deixou de exportar cerca de US$ 1,5 bilhão.