Planos

Frooty investe R$ 40 mi em fábrica mineira

Processadora de açaí em Poços de Caldas, no Sul de Minas, está produzindo 70 toneladas por dia

Qui, 08/11/18 - 03h00
Ideia. Marcelo Cesana começou a trabalhar com o pai em uma franquia de sorvete de iogurte aos 19 | Foto: Frooty/Divulgacão

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Os primeiros anos da Frooty – empresa de açaí processado que nasceu em 1999 – foram muito difíceis. O paulistano Marcelo Cesana praticamente quebrou e pensou em fechar por várias vezes. “E foi por insistência e até por falta de planejamento que acabei resolvendo persistir e tentar mais um pouco, até que ela vingou e deu certo. Ao longo desses quase 20 anos trabalhando no segmento, foram vários desafios, várias fábricas, mudanças de localidade, e os desafios continuam até hoje”, conta o empresário, que apresentou seu case de sucesso no #Foco2019Aquila, promovido pelo grupo mineiro Aquila, na semana passada, em Belo Horizonte.

Desde junho a fábrica da Frooty está instalada em Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais. O investimento total foi de R$ 40 milhões. A trajetória fabril da Frooty passou antes pelos bairros Pirituba e Jabaquara, na capital paulista, transferindo-se depois para Atibaia (no interior de São Paulo). O crescimento se fez necessário porque a antiga fábrica ficou pequena.

“Poços de Caldas foi escolhida por ser uma cidade estrategicamente localizada no Sul de Minas, próximo a São Paulo, nosso principal mercado. Conseguimos um terreno numa zona industrial que tem infraestrutura boa. Precisávamos de uma área para construir do zero a fim de arcar com todas as necessidades para um plano dos próximos dez anos”, explica o executivo.

O novo parque fabril da Frooty – dimensionado para atender os próximos dois a três verões – fez pular a capacidade diária de produção de açaí processado de 70 toneladas para 120 toneladas. E a fábrica em solo mineiro é preparada para novas ampliações. “Já temos planos para expandir tanto a área produtiva como a área de armazenagem, que são os gargalos”, informa Cesana, que emprega 200 pessoas na unidade de Minas Gerais. Outros 90 funcionários estão em São Paulo atuando nas áreas administrativa, comercial e financeira. Atualmente, a produção é de 70 toneladas por dia, o que dá algo em torno de 20 milhões de quilos de açaí processado por ano.

Com presença em 20 mil pontos de vendas no Brasil, a Frooty também exporta para dez países, que representam de 4% a 5% do faturamento. “O mercado interno é o foco atual, mas pouco a pouco o açaí está se fazendo descobrir. Vendemos bem para a Austrália há 12 anos. Acreditamos que a Ásia, em breve, deve ser um país que vai descobrir mais o açaí”, conclui.

Participação

Mercado. No volume total, Minas era o quinto ou sexto Estado em termos de faturamento, e Marcelo Cesana espera que agora, “com um pezinho no Estado e mais próximo da região” por conta da fábrica, consiga resultado melhor.

 

Instituto Aquila atua para evitar ruptura de vendas

Em junho de 2016, o diretor e sócio-fundador da Frooty, Marcelo Cesana, fez um projeto com o Instituto Aquila num trabalho que o empresário considera incessante. “A cada hora tem um desafio novo de market share, de abastecimento, de ruptura, de novas alavancas. Estamos há um ano e meio, mas era um projeto de um ano, e não tem data para acabar, por enquanto”, admite Cesana, referindo-se ao trabalho de consultoria.

Para Cesana, o principal objetivo da Frooty em que o Aquila tem ajudado é com relação ao abastecimento dos clientes atuais. “Trabalhamos numa categoria de congelados, em que o abastecimento é delicado pelo fato de o espaço das gôndolas ser restrito e por ser um produto sazonal. Então, num fim de semana de sol, na segunda-feira os freezers estão vazios. Temos mecanismos e sistemas para avaliar isso, e o Aquila está ajudando em como sanar esse problema a fim de evitarmos que tenha ruptura no ponto de venda para não perdermos venda”, conta.

Sociedade

Cesana diz que teve um sócio de 2004 a 2015. “Em 2014 abrimos uma participação majoritária de um fundo de investimentos, o Pátria, que entrou para ajudar na parte de gestão e principalmente na parte financeira, uma vez que a Frooty crescia dois dígitos e precisava de capital de giro, e tinha o projeto de verticalização da cadeia de produção. Então, o Pátria entrou para ajudar”, diz.

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