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Gasolina ajuda a segurar a inflação na capital mineira

Alta de 0,19% no IPCA foi menor do que em agosto de 2015

Por Juliana Gontijo
Publicado em 06 de setembro de 2016 | 03:00
 
 

A inflação em Belo Horizonte em agosto teve alta de 0,19%, percentual maior que o verificado em julho (0,10%), segundo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), divulgado ontem. Apesar do aumento, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou abaixo de agosto de 2015, quando a alta foi de 0,53%, segundo a coordenadora de pesquisas da fundação, Thaize Martins.

Em agosto, entre os 11 itens agregados que compõem o IPCA, os maiores destaques foram as altas de 1,98% para alimentos de elaboração primária, e de 1,76% para alimentos industrializados. No sentido oposto, destaca-se a queda de 2,33% para o item artigos de residência e o recuo de 2,47% no preço do litro da gasolina, que ajudou a segurar a inflação na capital.

Preocupante. Para Thaize, a inflação neste ano ainda é preocupante, já que corrói a renda do trabalhador. Mas, há um dado positivo: os percentuais de 2016 estão menores que os verificados no ano passado. “Ao que tudo indica, a inflação de 2016 deve fechar menor que a taxa de 2015”, observa. No acumulado do ano até agosto, a inflação na capital registrou incremento de 6,80%, patamar menor que em igual intervalo de 2015, quando a alta foi de 8,08%. E nos últimos 12 meses, o aumento foi de 10,49%, enquanto que a taxa no mesmo período do ano anterior foi de alta de 10,52%.

Cesta. A coordenadora de pesquisas da Fundação Ipead ressalta que a inflação teve impacto expressivo na cesta básica que custa R$ 430 e representou 48,86% do salário mínimo.

Em agosto frente a julho, a alta foi de 0,66%, bem superior à inflação de agosto (0,19%). Entre os alimentos com as altas mais expressivas estão a banana caturra, com 14, 29%, seguida pela manteiga (6,44%) e pelo leite pasteurizado (6,32%). O café moído teve elevação de 2,98%. No ano, adquirir a cesta básica ficou 11,46% mais caro e em 12 meses, a alta chega a 25,08%, maior que a inflação de 10,49%.

Rotativo

Juros. Levantamento da Fundação Ipead mostra que a taxa média de juros do rotativo do cartão de crédito teve alta de 1,57% em agosto frente o mês anterior. A taxa média foi de 16,4% ao mês.

Consumidor continua pessimista

O consumidor de Belo Horizonte continuou pessimista em agosto, mas numa intensidade menor na comparação com julho, segundo levantamento divulgado ontem pela Fundação Ipead. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou 34, 33 pontos, enquanto que em julho a pontuação chegou a 31,68. A escala vai de zero a 100. O pior resultado de toda a série, que começou em junho de 2004, foi verificado em junho de 2016, com 31,37 pontos. (JG)

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