Aumento

Litro da gasolina já é vendido perto de R$ 4 em postos de BH

Reportagem de O TEMPO percorreu as principais vias da capital nesta manhã e notou aumento na maioria dos postos, mas informa que ainda é possível abastecer com preços antigos em poucos lugares

Por Da redação
Publicado em 21 de julho de 2017 | 13:27
 
 
Posto na região Centro-Sul vende litro da gasolina a R$ 3,98 Foto: Uarlen Valério

O litro de gasolina em alguns postos de Belo Horizonte já é vendido a quase R$ 4. Na manhã desta sexta-feira, a reportagem de O TEMPO percorreu as principais vias da capital e, em um posto na região Centro-Sul, o litro da gasolina é vendido por R$ 3,98. Pagando no dinheiro, o preço cai para R$ 3,88.

Logo de manhã, alguns postos de combustíveis de Belo Horizonte e região metropolitana amanheceram com a gasolina mais cara. A reportagem e leitores flagraram aumento também em estabelecimentos na região do Padre Eustáquio, avenida Vilarinho e também na Pedro I. O litro, por lá, chega a ser vendido por até R$ 3,80 nestas regiões.

Fizemos contatos também com postos da Via Expressa de Contagem e de Belo Horizonte. Eles informaram que reajustariam os valores apenas de tarde. Então, quem quiser abastecer o carro com o preço anterior ao anúncio do governo ainda consegue.

Há postos na avenida Pedro II, por exemplo, vendendo o litro a gasolina a R$ 3,29. Menos de um quilômetro dele, no entanto, já tem estabelecimento que reajustou o valor para R$ 3,69 e até R$ 3,80. Nas regiões da Savassi e do Belvedere, onde o litro da gasolina é vendido ainda mais alto, ainda não houve reajuste registrado.

O aumento

O presidente Michel Temer anunciou o aumento da alíquotas do PIS/Cofins nos combustíveis para aumentar a receita do governo federal nesta quinta-feira.  A gasolina, por exemplo, teve um aumento de mais de 100% desta alíquota.

O preço médio em Minas Gerais, que era de R$ 3,61, ficará perto de R$ 4,00. O etanol, já somando os tributos do produtor e distribuidor, deve ficar R$ 0,20 mais caro. Aqui em Minas, subirá da média de R$ 2,55 para R$ 2,75. Vale lembrar que, para o consumidor, esses impostos federais não incidiam antes. O diesel também vai subir. O litro deve ficar R$ 0,22 mais caro.

Com a medida, o governo tenta arrecadar R$ 10,4 bilhões a mais neste ano. Mesmo assim, ainda será necessário cortar R$ 5,9 bilhões em despesas para fazer frente ao rombo que existe hoje no Orçamento, sem colocar em risco o cumprimento da meta fiscal deste ano, que já é de déficit (gastos maiores do que a receita) de R$ 139 bilhões.