Centros comerciais

Lojas de rua cativam cada vez mais os consumidores de BH

Shoppings estão perdendo a preferência; atendimento qualificado também é diferencial

Dom, 21/12/14 - 03h00
Movimentação. Centro comercial do Barreiro de Baixo atrai milhares de pessoas; diversidade de lojas garante bom público o ano todo | Foto: Joao Godinho/ O Tempo

As lojas de rua estão ganhando a batalha contra a concorrência dos shopping centers. Neste ano, 71,29% dos consumidores devem fazer suas compras de Natal no comércio próximo de suas casas ou do trabalho ou em centros comerciais de bairros. Em 2013, esse índice foi de 57,77%, e, em 2012, de 54,88%. Os dados são da pesquisa realizada no mês de novembro, com 300 consumidores, pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). “Os shoppings estão muito mais caros que as lojas de bairro. Aqui os preços são bons; e o atendimento não deixa nada a desejar”, afirma a auxiliar de recursos humanos Luciana de Castro, 37, que fazia suas compras de Natal no centro comercial da rua Visconde de Ibituruna, no Barreiro de Baixo.


Segundo a pesquisa da CDL-BH, o que mais atrai o consumidor no Natal de 2014 é o preço, com 24% da preferência, seguido por atendimento qualificado (22,16%) e ambiente agradável (18,13%).
Para Bruno Rosa Afonso, gerente do Lojão Pague Menos, na mesma rua, “hoje os centros comerciais disponibilizam as mesmas opções que os shoppings, além de oferecer um preço mais acessível”, afirma.

A expectativa de venda dos comerciantes, porém, não é de um crescimento significativo se comparado com o ano passado. “Por enquanto crescemos entre 4% e 5% em relação a 2013. Esperamos aumentar ainda mais até o fim de dezembro”, diz Bruno Afonso.“Neste ano, até o momento, está um pouco pior do que o ano passado. Acredito que em função da precaução do consumidor porque este ano foi mais difícil na economia”, afirma a gerente da loja de roupas Ristache, Ângela Freitas.

A avaliação está de acordo com os dados levantados pela CDL-BH. Segundo a pesquisa, 45,76% dos entrevistados pretendem consumir menos neste Natal. Apenas 24,41% demonstraram interesse em gastar mais do que no ano passado, e 24,07% imaginam que gastarão na mesma proporção. O motivo mais citado para reduzir as despesas com as festividades de fim de ano foi a intenção de economizar. Para Bruno Falci, presidente da CDL-BH, “esse comportamento demonstra a tendência das famílias em tentar poupar recursos para colocar as contas em dia”.

Preferidos.  Os presentes úteis como roupas, calçados e acessórios, segundo o estudo, são os preferidos dos consumidores neste ano. Juntos, eles lideram a intenção de compra dos entrevistados com 59,79%. “Este ano será o ano da lembrancinha. Pretendo dar uma blusinha para todo mundo”, declara a tesoureira Ana Cristina Gondim, 29.

Depois das roupas, os produtos preferidos são brinquedos (14,49%), perfumes e cosméticos (11,05%), livros (3,26%), eletrônicos (2,17%), joias e bijuterias (2,17%), artigos de decoração (1,45%), celular, CD e DVD (1,09%).

Preço médio
Até R$ 100.
A pesquisa da CDL-BH demonstra também que para 73,13% dos entrevistados, os presentes de Natal não vão ultrapassar os R$ 100 por produto. O consumidor está mais “pão-duro”.

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