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"Minas está intacta, diferente da Síria", diz governador

Romeu Zema afirmou, em evento sobre mineração no Estado, que tragédias servem de reflexão para o futuro

Qua, 17/04/19 - 19h38

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O governador Romeu Zema afirmou nesta quarta-feira que Minas Gerais “não pode viver do passado” ao se referir ao rompimento da barragem I da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho.

“Temos que lembrar que muitas vezes são tragédias que servem de reflexão para construir um mundo melhor. Vamos fazer dessa tragédia um futuro melhor, só depende de nós”, argumentou.

O discurso foi proferido num evento sobre o futuro da mineração em Minas Gerais, realizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) em Belo Horizonte.

“Estou otimista também porque Minas está intacta. Diferente de um país como a Síria que está totalmente arrasado”, acrescentou. O rompimento da barragem em Brumadinho vitimou 230 pessoas e 47 seguem desaparecidos.

O governador disse também que as condições de trabalho nunca foram tão boas.

“Temos que lembrar que viemos de um país de escravos, e que trabalho, no passado, quase condenava a pessoa a morte”. 

Zema salientou a importância da mineração para o Estado, já que Minas produz 40% do minério exportado pelo país e 25% da indústria mineira é extrativa.

Em pronunciamento à imprensa, o governador declarou que “faz questão” que rompimentos de barragens como os ocorridos em Mariana e Brumadinho “nunca mais ocorram no Estado”.

“Quero ser o último governador que teve que lidar com esse tipo de evento”, declarou. Mas admitiu que os descomissionamentos podem levar anos. “Não é um processo que vai ser resolvido em um mês. Vai demorar anos para descomissionar as barragens”, disse. Ele não respondeu como o governo pretende evitar novos rompimentos no Estado.

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