Privada

Pista da BR–040 será toda recuperada em até nove meses 

Concessionária disse que serviços, com reboque e médicos, estarão disponíveis antes do pedágio

Por Pedro Grossi
Publicado em 20 de março de 2014 | 03:00
 
 
Presidente da concessionária promete pista boa ainda neste ano Foto: LEO FONTES/10.6.2011

Até o final deste ano, os usuários da BR–040, no trecho entre Brasília e Juiz de Fora, irão trafegar por pista recuperada, com nova sinalização e serviço de auxílio ao usuário, com reboque, informações turísticas e atendimento médico de emergência. Tudo isso ainda antes de os motoristas começarem a pagar pelo pedágio de R$ 3,22. A promessa foi feita pelo diretor-presidente da Invepar, empresa que passa a assumir o controle da rodovia a partir do próximo dia 20, Túlio Abi-Saber, em visita, na tarde de ontem, à redação de O TEMPO.

Embora o contrato de concessão entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) e a Invepar tenha sido assinado na última semana, a concessionária só assume oficialmente a rodovia no dia 20 de abril, quando começam a contar os prazos estipulados em contrato para a realização das primeiras intervenções. Pelas regras da concessão, para começar a cobrar pedágios, a concessionária precisa ter concluído ao menos 10% do total previsto para duplicação. No caso da BR– 040, é um trecho de 55,8 quilômetros. Além disso, existe um prazo de seis meses para que estejam em operação as 21 bases de Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU), que contará, a cada trecho de 40 quilômetros, com uma estrutura física para atendimento médico, mecânico e de informações.

Em nove meses, segundo o contrato, as pistas precisam estar recuperadas, recapeadas ou até reconstruídas nos trechos mais críticos, ainda que não estejam duplicadas. “Já no mês que vem, vamos começar as obras de sinalização, que já vão melhorar muito a segurança em alguns trechos, além das bases de operação, que deixarão qualquer motorista a, no máximo, 20 quilômetros, ou alguns minutos, de uma assistência mecânica e até médica”, explicou.

Um trecho que já vai receber atenção especial logo nas primeiras intervenções é próximo ao trevo de Congonhas, onde é grande o fluxo irregular de caminhões sobrecarregados de minério de ferro. “Teremos seis pontos de balança na rodovia, onde hoje, se não me engano, não existe nenhum em operação”, disse. Assim, segundo ele, evita-se deterioração da pista por causa dos sobrepeso dos eixos das carretas. As mineradoras da região de Congonhas assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) se comprometendo a construir uma alça para fluxo interno dos caminhões pesados que transportam minério. “Vamos procurar essas mineradoras e propor incluir esse trecho no nosso projeto”, informou Abi-Saber.

A estrutura para fiscalização do transporte de carga será oferecida pela concessionária, mas a autuação precisaria ser feita por um funcionário público. “Para a gestão eficiente, precisará acontecer, de fato, uma pareceria público-privada”, disse.