Tudo começou num pequeno açougue em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, em 1982, quando seu Milton deixou de ser empregado e acreditou no próprio negócio junto com a mulher, dona Izolica. De uma loja humilde, o empreendimento virou uma mercearia e depois um supermercado, hoje, a Rede Super Maxi, com 15 lojas, faturamento previsto de R$ 240 milhões neste ano e dirigida pelo filho do casal, Milson Borges dos Santos, 44. “Para chegar a supermercado foram anos de trabalho duro, passamos por várias dificuldades”, conta Santos, que começou a trabalhar com o pai aos 12 anos.
Milton e Izolica já se foram, mas, deram uma boa “universidade do varejo” ao filho, como ele mesmo gosta de contar, ao lembrar-se das funções que tinha no início do negócio: carregar mercadorias, limpar o supermercado e conhecer todos os setores de um supermercado. “Eu era repositor, limpador, entregador de mercadoria, já fui açougueiro, padeiro, sei como funciona porque quando se é pequeno, não há condições de ter empregado”.
É por isso que Santos diz saber falar a mesma língua dos atuais 1.040 colaboradores diretos que a rede tem. “Graças a Deus, temos um pouquinho de conhecimento e quando vou conversar com um colaborador, consigo falar a mesma língua do setor”, diz, com modéstia.
Lojas. Com 15 unidades distribuídas entre Uberlândia, Uberaba e Monte Alegre de Minas, Santos investiu R$ 5 milhões para a abertura de mais duas unidades na região do Triângulo Mineiro neste ano. “São lojas de médio porte, a rede opera com o conceito de vizinhança com áreas de vendas variando de 800 m² a 1.000 m² e que buscam atender com um produto para o bairro”, explica Santos, sobre as unidades que reúnem até 8.300 diferentes itens.
Sem limites para expandir, Santos conta que, para 2016, pretende abrir mais quatro lojas, inclusive um atacarejo – modelo que atende no atacado e no varejo. “Queremos dar foco e consolidar o negócio aonde estamos. Queremos trabalhar na nossa região (Triângulo Mineiro) porque tem espaço para crescer”, informa. Assim, serão necessários mais 60 funcionários por loja, num total de 240 pessoas.
Para aumentar o negócio, Santos calcula investir R$ 10 milhões entre recursos próprios e financiamento do BNDES. “O juro hoje está em 11% para o setor supermercadista, mas já conseguimos percentuais melhores”, avalia o empresário.
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Planejamento é o segredo para crescimento, mesmo com crise
O momento delicado da economia do país não intimida o dono da rede Super Maxi, Milson Borges dos Santos. “Acredito que dá para continuar crescendo, mesmo na crise, depende do investimento e da viabilidade econômica”. Isso porque, no segmento supermercadista, Santos explica que se errar o planejamento estratégico e investir onde não vai ter retorno acaba complicando o capital de giro da empresa. “Fazemos uma pesquisa de mercado e vemos se há viabilidade. Não vamos abrir loja por abrir, buscamos um consultor. Em supermercado não pode ter erro porque o investimento é alto”, ensina.
Em Uberlândia também fica o Centro de Distribuição com capacidade para 6.000 porta-paletes de armazenamento. “Ele consegue nos atender até um crescimento de mais 30% da empresa”. Com carnes – são 2.300 cabeças de gado abatidas por mês para atender a rede Super Maxi – e hortifrúti na liderança das vendas, Santos conta que compra produtos diversos de 15 produtores rurais da região.
Marca própria
Cliente. O poder de compra, segundo Santos, caiu, e o cliente experimenta marcas novas, dentre elas, os 15 itens de marca própria da rede Super Maxi que custam até 20% mais barato.
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