Ouça a notícia
Depois de um prejuízo de R$ 395 milhões no segundo trimestre deste ano, a Usiminas reverteu as perdas no terceiro trimestre e anunciou resultados históricos. De julho a setembro, a siderúrgica apresentou um lucro de R$ 198 milhões e um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 826 milhões.
“É o segundo melhor Ebitda nos últimos dez anos, atrás apenas da marca de R$ 830 milhões, que registramos em 2018”, comemora o presidente da Usiminas, Sergio Leite.
A companhia bateu outros recordes. O caixa da companhia encerrou o período com uma alta de 49%, ficando em R$ 3,7 bilhões. “Esse é o valor mais elevado em sete anos. E a relação da nossa dívida líquida é a melhor em 11 anos”, destaca Leite.
Na avaliação do executivo, os números positivos são frutos de um combinado de fatores internos e externos. “Eu diria que esse resultado está ligado ao aumento da eficiência das nossas operações, ao aumento de vendas no mercado interno e ao aumento do preço do minério de ferro no mercado internacional”, explica Leite, ressaltando que a economia brasileira já está se recuperando dos efeitos da pandemia.
O executivo afirma que, após fortes impactos na indústria da construção e de automóveis, a situação está melhorando, o que tem se refletido em todas as empresas da Usiminas.
No terceiro trimestre, a Mineração Usiminas (Musa) produziu 2,3 milhões de toneladas, 15% a mais em relação ao segundo trimestre. Já as vendas da Musa cresceram 20% no período, refletindo a maior demanda por minério de ferro.
Na unidade de siderurgia, a produção de aço bruto na usina de Ipatinga foi de 696 mil toneladas, crescimento de 30% em relação ao segundo trimestre.
A produção de laminados nas usinas de Ipatinga e Cubatão totalizou 801 mil toneladas, alta de 18%. Com relação às vendas, a alta foi de 58% no mercado interno e de 30% no externo. Do volume total de vendas, 14% foram destinados às exportações.
Na Soluções Usiminas, que atua nos mercados de distribuição de aço, serviços e de fabricação e venda de tubos de pequeno diâmetro, as vendas cresceram cerca de 90% no terceiro trimestre do ano, gerando uma receita líquida de R$ 1,1 bilhão, com alta de cerca de 114% na comparação com o registrado no segundo trimestre de 2020.
Investimentos
A Usiminas vai investir mais de R$ 200 milhões no último trimestre de 2020. A companhia, que começou o ano com planos de investir R$ 1 bilhão, chegou a revisar a cifra quando a pandemia começou e reduziu as intenções para R$ 600 milhões.
No entanto, após sinais de recuperação do mercado, a siderúrgica voltou a aumentar as previsões para R$ 800 milhões.
“Foram R$ 182 milhões no primeiro trimestre, R$ 193 milhões no segundo, e R$ 179 milhões no terceiro. Para fecharmos os R$ 800 milhões, vamos investir mais de R$ 200 milhões nos últimos três meses deste ano”, afirma o presidente Sergio Leite.
Em setembro, a companhia religou o alto-forno 1 da usina de Ipatinga. O equipamento, que tem capacidade para produzir 2.000 toneladas de ferro-gusa por dia, ficou desligado durante quatro meses, desde o início da pandemia.
---
O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.
Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.