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A equipe de advogados do PT acionou a 10º Vara Cível de Brasília com um pedido para que o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) comprove a acusação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência, vai fechar igrejas e perseguir religiosos se for eleito em outubro.
Na ação, divulgada nesta quinta-feira (18), o PT argumenta que o deputado “vem proferindo publicamente falas desinformadoras a respeito das consequências para os fiéis da religião evangélica caso o Partido dos Trabalhadores, ora Interpelante, vença a Eleição Presidencial que se aproxima”.
A defesa do partido se baseia em declarações dadas por Feliciano em entrevista à rádio CBN, no dia 14 de agosto. O parlamentar disse que existe “o risco de perseguição, que pode culminar no fechamento de igrejas” caso Lula seja eleito. “Existem muitas formas de se fechar uma igreja. O governo pode fazer isso através de leis e impostos”, reafirmou o pastor, que é candidato à reeleição na Câmara dos Deputados.
Conforme os advogados do PT, Feliciano repetiu a acusação infundada em entrevista à Folha de S. Paulo, dois dias depois, ao dizer que “reitero firmemente que não apenas eu, como grande parte da comunidade evangélica brasileira, tem muito receio de um governo encabeçado por Lula”.
Essa mesma fala foi disseminada nas redes sociais do deputado federal, onde ele alega também que está sendo perseguido pelo partido. Na última terça-feira (16), ele fixou em seu perfil do Twitter um vídeo dizendo que "a Igreja Evangélica será perseguida por Lula e pelo PT".
"Como eu alertei, a Igreja Evangélica será perseguida por Lula e pelo PT! Prova disso é que já querem me precocessar! Continuarei dizendo a verdade! Resistirei até o fim! Eu não me envergonho do Evangelho de Jesus Cristo! Combaterei o bom combate! Guardarei a fé!", escreveu o parlamentar, na publicação que também vai um vídeo dele, que até o momento já atingiu mais de 10 mil visualizações na rede social. Veja abaixo:
O documento apresentado à Justiça é assinado por dez advogados do PT e lista cinco perguntas para que Feliciano prove as declarações.
Também nesta quinta-feira, o TSE determinou a retirada de quatro vídeos publicados pela ex-ministra Damares Alves nas redes sociais que difundiam informação falsa de que os governos do ex-presidente Lula teriam criado uma “cartilha” para incentivar jovens a usar crack.
A decisão é do ministro Raul Araújo, que deu 24 horas para que as plataformas removam o conteúdo, por “propaganda eleitoral antecipada negativa”.
Damares foi ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do governo de Jair Bolsonaro (PL). Ela se filiou ao Republicanos para disputar as eleições ao Senado pelo Distrito Federal. É conhecida por, assim como Feliciano, fazer a ponte entre lideranças evangélicas e Bolsonaro.
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