WHITESNAKE

A orquestra de Coverdale hipnotiza os mineiros

Banda de hard rock incendeia público das Gerais com performance avassaladora em show de turnê que revisita os grandes hits

Seg, 26/09/16 - 13h20

David Coverdale é daqueles artistas que não precisam falar muito ao vivo para hipnotizar e magnetizar seu público. O carisma, patente por meio de seu semblante, seus gestos, sua energia e seu feeling incalculável de ser medido, já é capaz de conquistar os fãs. Juntando todas essas características e as misturando com uma excelente banda, composta por músicos experientes, virtuosos e também cheios de vitalidade, ele orquestrou um excelente show do Whitesnake no BH Hall, na noite desse domingo (25), em Belo Horizonte. Uma ocasião mais do que especial para um “garoto” de 65 anos que comemorava seu aniversário em solo tupiniquim, deixando claro que ainda fará a alegria dos amantes do hard rock enquanto o tempo lhe permitir.

O aniversário de Coverdale se deu no último dia 22, quando o conjunto se apresentou em São Paulo. Mas as comemorações no Brasil começaram dois dias antes, em Porto Alegre. E a festa continuou em BH na noite passada, em mais um capítulo da saga “The Greatest Hits Tour 2016”, turnê que, como o próprio nome já diz, dá ênfase nos grandes sucessos do Whitesnake. Certeza de euforia, sinergia com os adeptos, muitas câmeras ao alto para registrar cada momento e êxtase. Foi assim na capital mineira.

A abertura com “Bad Boys” deu fortes indícios de que o público das Gerais – presente em um bom número na casa, mas que poderia ser maior, notório sobretudo pelos espaços vazios na parte de trás da pista e da arquibancada – faria parte de um grande espetáculo.

O Whitesnake é o tipo de banda que não precisa de muita pirotecnia para protagonizar um show marcante. As músicas falam por si só. Cabia apenas aos fãs usufruírem de tudo o que vinha do palco. Dito e feito! O público cantou alto, dançou, fez os membros do grupo se sentirem ainda mais à vontade.

Como sempre, o local deixou a desejar no quesito “acústica”. Muda-se o nome (já foi Marista Hall e Chevrolet Hall), porém os problemas não se alteram. Mesmo assim, o som abafado várias vezes – dentre outros percalços, como a guitarra alta demais – não foi capaz de tirar o brilho do Whitesnake. Não seriam Coverdale, Reb Beach e Joel Hoekstra (guitarras), Tommy Aldridge (bateria), Michael Devin (baixo) e Michele Luppi (teclados) que deixariam a peteca cair.

Falar dos clássicos é chover no molhado. “Love Ain't No Stranger”, “Crying in the Rain”, “Is this Love”, “Here I Go Again” e “Still of the Night” dentre outras tantas canções impactantes, estavam lá. Mas o encerramento com “Burn”, da época em que Coverdale integrava o Deep Purple, é simplesmente avassalador.

Em cerca de 1h30 de duração, o concerto saciou os fãs de carteirinha em meio às comemorações de David, que, com certeza, deixará o país – depois da apresentação no Rio de Janeiro, no dia 2 de outubro – com ótimas lembranças e histórias para contar.

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