Tretas do rock

Kid Abelha: disputa de egos e bastidores de famosa briga vêm à tona em live

Três ex-bateristas revelaram briga de egos no grupo e detalhes de discussão que terminou na saída de Leoni do grupo ainda nos anos 80

Por Da redação
Publicado em 13 de julho de 2020 | 09:58
 
 
Kid Abelha Divulgação

Uma live no canal TV Maldita, no YouTube, realizada há duas semanas, com três ex-bateristas de uma das maiores bandas do pop rock nacional dos anos 80, o Kid Abelha, trazida à toma pelo jornal "Extra", esttá dando o que falar.

Numa transmissão que reuniu Cláudio Infante, Kadu Menezes e Adal Fonseca, muito se falou da trajetória da banda, dos bastidores de uma famosa briga envolvendo seus integrantes em 1986, e das tretas que teriam resultado no fim do grupo em 2016. Não sobrou pedra sobre pedra. E a vocalista Paula Toller virou o tema central do bate-papo. 

Kadu Menezes, baterista durante 16 anos da banda, foi quem resolveu dar sua versão para o fim do conjunto durante a conversa capitaneada pelo apresentador Aquiles Priester. Para Kadu, uma briga de egos, insuflada por empresários, e a determinação de um deles em transformar Paula Toller numa diva da música brasileira teriam dado cabo ao grupo. 

“É aquela velha história do empresário. Tem empresário que visualiza no seu artista a possibilidade de ele ser uma coisa maior do que é. Vou ser sincero. Não adianta falar para Paula que ela vai ser a diva da música brasileira. Ela é maravilhosa, é uma supercantora, tem muitos méritos. Mas não adianta... Gal Costa, Maria Bethânia, Marisa Monte são divas por natureza. A Paula começou no pop rock. E algum empresário que entrou começou com essa história de querer separar a banda”, contou o músico.

“Quando eu entrei, em 1991, todo mundo andava na mesma van, todo mundo tomava café da manhã junto no hotel. Tempos depois, começaram a separar os músicos do restante do Kid, separar os músicos da equipe técnica. No próprio Kid, começaram a separar a Paula. Ela tinha o carro dela sozinho. Começaram até a separar os hotéis também”, citou Kadu.

Ele ainda completou: “O determinante para o fim foi essa história: a Paula vai ser diva, o Kid vai ser os outros dois caras e a banda vai ser a banda, cada um no seu patamar. Tenho certeza que começou a degringolar por aí. Essa separação foi determinante”.

Outro bastidor que veio à tona confirma a famosa briga que determinou a saída de Leoni do grupo, ainda em 1986, quando a banda ainda se chamava  Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens. O Kid faria uma participação no show de Léo Jaime no festival Cidade Livre Concert no Estádio Remo da Lagoa, no Rio de Janeiro, cantando com ele a música “A Fórmula do Amor”. Mas Leo não citou o nome Leoni como parceiro. Deu ruim e sobrou até uma pandeirada na cabeça do músico, o que teria sido o estopim para sua saída.

“Eu presenciei, cheguei alguns minutos depois da famosa pandeirada. Cheguei no burburinho da confusão. As meninas estavam berrando. A Paula e a namorada do Leoni naquele momento. Tinha acabado de acontecer. A Paula tinha um pandeiro que ela usava nos shows. Na hora da confusão, ela jogou. Era para acertar em não sei quem e acabou acertando o Leoni. Virou uma história do rock”, relembra  Kadu Menezes.

“O Kid ia tocar com o Leo Jaime a música que estava estourada. Quando Leoni não entrou com os outros, a ficha caiu de que a confusão tinha dado m... No palco mesmo já falavam que ele tinha saído”, contou.

Claudio Infante, baterista oficial do Kid na ocasião, não testemunhou a confusão. Ele deixou o local antes de a banda dividir o palco com Leo Jaime. "Depois do show todo mundo ia jantar junto. Fui na frente para segurar a mesa, mas ninguém apareceu. No dia seguinte, vi a foto do Leoni no jornal com o machucado na cabeça". 

Assista ao programa: