Responsável pela abertura do show do Kiss, a banda mineira Sepultura pôs fogo no Mineirão. Eles entraram no palco pontualmente às 19h e tocaram pouco mais de dez músicas no ritmo acelerado que o fã de trash metal tanto gosta.
O vocalista americano Derrick Green foi o primeiro a interagir com o público. Com um sotaque ainda carregado, ele destacou o fato de o grupo criado no bairro de Santa Tereza estar há muito sem se apresentar em Belo Horizonte. "Estou muito feliz em tocar na casa do Sepultura!", afirmou.
O guitarrista Andreas Kisser também lamentou a longa ausência. Classificando a dobradinha como uma "noite dedicada ao heavy metal", ele convocou a plateia para a fazer as chamadas "rodinhas", em que os fãs dançam e se trombam freneticamente.
"O show é do Kiss, mas é também do Sepultura. Então podem fazer as rodinhas", celebrou. Perto do final do show, que durou uma hora, Kisser chamou o filho Yohan para dividir as guitarras com ele.
A banda, uma das mais importantes do metal mundial, passeou entre os clássicos, como "Territory" e "Arise", e outras do mais recente álbum, "Quadra" (2020), num som pesado e agressivo. Parte do público só não gostou da camisa do baixista Paulo Xisto, que é torcedor atleticano e vestia o uniforme listrado. Outra metade, claro, aprovou e gritou "Galo!" em resposta.