Censura

Clássico 'A Lagoa Azul' deixa de ser livre

Ministério classifica longa como impróprio para menor de 12 anos

Seg, 24/04/17 - 03h00

Um dos maiores clássicos da Sessão da Tarde, o filme “A Lagoa Azul” (1980) perdeu sua classificação livre e passou a ser considerado impróprio para menores de 12 anos de idade. A mudança foi anunciada pelo Ministério da Justiça, que publicou a decisão no Diário Oficial da União, na última quinta-feira (20).

A reavaliação se deu após uma denúncia de um telespectador, que provavelmente assistiu à exibição mais recente do filme na emissora Rede Globo, no dia nove de março. O despacho diz que “foram identificadas as tendências de: ‘ato violento’ e ‘apelo sexual’, sendo este segundo de forma reiterada, predominantemente incompatível com a publicação realizada anteriormente”. A reclassificação da obra para maiores de 12 anos se deu “por conter: violência e conteúdo sexual”.

“A Lagoa Azul” foi exibido 18 vezes apenas neste século, sendo sete exibições no SBT e 11 na Rede Globo. Apesar da decisão, o longa ainda pode ser exibido no clássico horário, uma vez que o Supremo Tribunal Federal, em setembro de 2016, considerou inconstitucional a regra que obriga as emissoras de televisão a veicular seus programas de acordo com o horário recomendado pela classificação indicativa do Ministério da Justiça.

Sinopse. No longa, duas crianças sobrevivem a um naufrágio. Juntamente com um velho marinheiro, vão parar em uma ilha tropical, um paraíso deserto com uma lagoa azul. O marinheiro morre, e as crianças crescem, se apaixonam e descobrem o sexo – e têm um filho. Brooke Shields tinha apenas 15 anos quando gravou o longa, o que gerou protestos pelo conteúdo sexual e cenas de topless da produção.

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