Série

Disponível na Netflix, 'Orphan Black' vai ganhar spin-off

Ter, 17/10/17 - 02h00

Rio de Janeiro. Sucesso mundial, a canadense “Orphan Black”, que chegou ao fim em agosto, deve dar origem a outras produções. A informação foi confirmada por Graeme Manson, criador da série ao lado de John Fawcett. “Nossos produtores estão trabalhando em ideias de spin-offs para a televisão. Seria algo menos focado nos personagens de ‘Orphan Black’, mas que esteja dentro daquele universo”, revelou Manson.

Com suas cinco temporadas disponíveis na Netflix, a produção conquistou crítica e público ao misturar ficção científica e drama familiar. “Orphan Black” é estrelada por Tatiana Maslany no papel de Sarah Manning e de outros quatro clones fixos (fora todos os outros que apareceram ao longo dos 50 episódios) num esforço de atuação que lhe valeu Emmy, em 2016.

Muita gente costuma reduzir “Orphan Black” a uma história sobre clones, mas ela também colocou mulheres em papéis fortes e centrais, e tratou com naturalidade questões LGBTQ... Sim, eu diria que é uma série sobre encontrar sua família. E também é uma série sobre a diversidade. Afinal, a diversidade é uma verdade biológica inegável e estamos orgulhosos por termos falado sobre isso. Ainda mais nestes tempos de tanto preconceito. O mundo precisa disso.

Como fizeram para manter a série cientificamente acurada? Sempre tentamos ambientar a história num futuro próximo, num mundo que fosse exatamente como o nosso, por isso sempre focamos na ciência contemporânea e nas questões éticas em torno dela, de clonagem etc. Trabalhamos com Cosima Herter, nossa consultora, e parte do trabalho dela era olhar a história que queríamos contar a partir do ponto de vista científico para analisar se aquilo faria sentido. Muitas coisas que imaginamos no começo da série apareceram nas manchetes anos mais tarde.

Como foi trabalhar com Tatiana Maslany? Quando começamos a série, ela ainda interpretava adolescentes e nunca havia tido um papel adulto. Foi incrível vê-la incorporar não um, mas quatro ou cinco personagens diferentes, e ao mesmo tempo. Ela fez isso muito bem, com todas as forças, fraquezas, contradições e clichês inerentes a cada uma daquelas mulheres.

Por que terminar uma série tão bem-sucedida? É sempre melhor terminar algo em seus próprios termos do que ser cancelado (risos). Até acho que poderíamos ter feito mais uma temporada, mas tínhamos medo de que a série ficasse leve, lenta e repetitiva, porque estaríamos esticando a história. Por isso sentimos que a quinta temporada, com tantas tramas previstas, era o melhor ponto para completar essa saga.

Muito se fala sobre um possível filme da série. Como está esse projeto? Nós sempre falamos sobre fazer um longa, achamos que voltar seria muito divertido, mas agora precisamos dar um tempo daqueles personagens. Enquanto isso, nossos produtores estão trabalhando em ideias de spin-offs para a televisão. Queremos algo menos focado nos personagens de “Orphan Black”, mas que esteja dentro daquele universo. Seria uma série sobre mulheres fortes, baseada em ficção-científica e/ou conspirações, mas não seria “Orphan Black”. Eles estão pensando em roteiros para talvez começar a tirá-los do papel no início do ano que vem.

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.