Há cerca de 30 anos, o cantor, compositor, diretor e roteirista Oswaldo Montenegro escreveu o texto de “Leo e Bia”, com tons autobiográficos. Nele, Montenegro retrata a jornada dele e de sua trupe que sonhavam em se tornarem artistas em meio ao auge do período militar na década de 70. A primeira versão do espetáculo – que estreou em 1984 –, arrastou mais de 500 mil espectadores para o teatro e depois de dois anos na ativa não foi mais encenado. Até que, em meados de 2016, Montenegro deu aval para que o diretor Leonardo Talarico desse novamente vida aos personagens Bia, Brooke, Cabelo, Cachorrinha, Encrenca, Leo, Marina e a Mãe de Bia. E o público mineiro os verá neste sábado (21), às 20h30, no teatro Bradesco.
Marina e a Mãe de Bia, embora contrárias, são interpretadas pela mesma atriz, Amandha Monteiro. “Elas são igualmente fortes, mas uma é solar, e a outra é noturna. A Marina representa o sonho, a força da luta, e a Mãe da Bia representa a repressão, a ditadura”, contextualiza a atriz.
Essa luta entre a liberdade e a prisão do sonho é o foco central do enredo. “A peça fala sobre o sonho que no caso destas pessoas é o sonho de ser artista. Mas, simbolicamente falando, é o sonho qualquer que seja ele. Acho que o que o espetáculo traz de forma magistral é no que se deve e pode sonhar e em como você deve agir para alcançar este objetivo”.
Talvez por esse motivo, “Leo e Bia” permaneça tão atual porque como, Milton Nascimento canta em “Clube da Esquina II”, “os sonhos não envelhecem”.
Serviço: “Leo e Bia”, direção de Leonardo Talarico, sábado (21), às 20h30, no Teatro Bradesco (rua da Bahia, 2224, Lourdes). Ingressos R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia) até o dia 20/04. No dia do espetáculo R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia),
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