Música clássica

Orquestra Juvenil da Bahia comemora dez anos na capital

Grupo, que faz turnê pelo Brasil, apresenta seu trabalho nesta terça (25), às 20h, na Sala Minas Gerais

Ter, 25/07/17 - 03h00
Companhia lançou um disco em 2013 com cinco peças orquestrais | Foto: lenon reis/divulgação

Se há um conselho que a Orquestra Juvenil da Bahia não segue é o do dramaturgo Nelson Rodrigues (1912- 1980): “jovens, envelheçam!”. Ao contrário do que pregava o autor de “O Beijo no Asfalto” e outros clássicos do teatro nacional, a companhia fundada pelo maestro e pianista Ricardo Castro, 52, crê, justamente, na juventude. Nesta terça-feira (25), a primeira formação dos Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba) comemora seus dez anos de existência com apresentação na Sala Minas Gerais, às 20h.

“O marco inicial para a criação da nossa orquestra foi o ‘El Sistema’ (modelo didático musical idealizado na Venezuela), que nos inspirou a fazer algo parecido aqui, em um programa que atinge mais de 4.000 jovens em toda a Bahia e tem nessas pessoas multiplicadores da iniciativa”, define Castro.

Logo, não é acaso a presença de Eduardo Salazar como o outro regente do concerto. Revelado pelo programa venezuelano e com experiência à frente da Orquestra Simón Bolívar, ele mantém constante diálogo com a Orquestra Juvenil da Bahia desde 2011. “Nesses dez anos, obtivemos resultados suficientes para dar ao trabalho sustentabilidade, com reconhecimento no Brasil e no exterior e apresentações em vários países europeus, como Inglaterra e Portugal”, sublinha Castro. O currículo ainda contabiliza turnês nos EUA e performances com Cesar Camargo Mariano.

Repertório. Para o programa a ser levado ao público da capital mineira nesta terça-feira, o maestro Ricardo Castro selecionou três compositores que, de acordo com ele, ampliam as possibilidades da orquestra. “‘Prelúdio à Tarde de um Fano’, de Debussy, será tocada sem maestro nem partitura, apenas de memória; o ‘Concerto para Piano Nº 2’, de Beethoven, é prova de todas as capacidades adquiridas pelos nossos jovens; e a ‘Sinfonia Nº 5’, do Shostakovich, simboliza o nosso lema: ‘lutar e resistir’”, explica.

Além disso, as múltiplas nacionalidades tiveram papel decisivo nas escolhas. “Os estilos francês, alemão e russo são muito diferentes e, para cada um deles, trazemos uma abordagem nova”, garante. Castro sublinha outro fator caro nesse panorama. “Para nós, o essencial é a juventude ser protagonista, com importância solista para todos”, reitera.


Agenda

O quê. Orquestra Juvenil da Bahia
quando. Terça (25), às 20h
onde. Sala Minas Gerais (rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto)
quanto. R$ 20 (inteira)
 

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