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Roberto Menescal relembra parceiros que revê no palco nesta semana

Músico conta como conheceu alguns dos que sobem com ele ao palco

Ter, 19/12/17 - 02h00

Com mais de 60 anos de carreira e 80 de vida, Roberto Menescal afirma que continua fazendo música como sempre. “Não sei sentar para fazer música. Um fato sempre me leva a isso. As músicas contam a história da minha vida”, assegura.

E é ao lado de parceiros ilustres que ele tem contado essa história musical. O compositor aproveita a ocasião para contar como conheceu alguns dos que sobem com ele ao palco.

FOTO: Marcos Hermes/divulgação

Toquinho

“Conheci o Toquinho em 1970, num show no Teatro Bandeirantes, em São Paulo. Criamos a bossa nova no Rio, mas foi em São Paulo que ela se profissionalizou, com muitos shows em universidades e tal. Foi nesse contexto que me deparei com o Toquinho, um cara novo que estava chegando, mas já com muita qualidade. Quando fui diretor artístico da Polygram, o levei para gravar lá. Ele não é do grupo bossa-novista, mas diz que nasceu por causa da bossa nova. Sofreu muita influência, é nítido no trabalho dele. Estamos sempre por perto.”

FOTO: Facebook/reprodução

Sabrina Parlatore

“Tem pouca gente que sabe que nas regiões serranas do Nordeste não tem Carnaval, então as pessoas que gostam de outros tipos de música sobem para lá, onde acontecem festivais de jazz, blues, bossa nova. Foi desses shows que fiz em Gravatá, no ano passado, que conheci a Sabrina, que ia se apresentar na mesma noite que eu. Então ensaiamos juntos e logo ficamos amigos. Ela canta muito bonito, e depois participou do programa ‘PopStar’, na Globo, onde fui do júri. Agora estamos cada vez mais próximos, é uma pessoa muito bacana que adorei conhecer.”

FOTO: WERTHER SANTANA/DIVULGAÇÃO

Fernanda Takai

“Meu grande amigo Bob Tostes me levou para fazer um show em BH, há uns oito anos, também no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Depois da apresentação, a Fernandinha veio falar comigo no camarim, mas eu não a conhecia nem o trabalho. Quando ela já estava na porta indo embora, um jornalista me avisou que ela era cantora, que tinha uma banda. Aí fui buscá-la, me desculpei, e começamos a conversar. Nasceu ali uma amizade, e ela me chamou para cantar no disco em que homenageia a Nara Leão.”

FOTO: Bossa Nova In Concert/divulgaçao

Wanda Sá

“Wanda foi minha aluna de violão quando tinha 16 anos e virou minha irmã– estamos há 50 anos juntos. Nesse começo, o Ronaldo Bôscoli costumava visitar as minhas aulas para fazer charme para as garotas. Um belo dia, ele ouviu a Wanda e perguntou por que não gravávamos ela. Confesso que até ali eu ainda não tinha pensado nisso, achava que ela era muito nova. Mas a gravadora RGE topou na época, e o primeiro LP dela saiu em 1964. Ela toca violão e canta lindamente.”

FOTO: Canal Brasil/divulgação

Marcos Valle

“Marcos também foi meu aluno de violão, eu tinha essa escolinha para ganhar algum dinheiro, porque só como músico ainda não dava para sobreviver legal. Um dia ele veio até mim, vermelho de vergonha, falou que compunha e perguntou se podia me mostrar algumas músicas. Eu respondi: ‘Claro!’. Quando vi a qualidade daquele trabalho, fiquei impressionado. Falei: ‘Cara, isso é muito bom, a gente tem que gravar’. Então levei as músicas até Os Cariocas, que era um dos principais grupos vocais da época e já tinha essa ligação com a bossa nova. As duas primeiras músicas do Marcos saíram no LP deles. Depois disso, ele voou cada vez mais alto. É um grande amigo.”

 

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