Política cultural

Romulo Avelar assume FMC

Dirigente toma posse na Fundação Municipal de Cultura a partir da criação da Secretaria Municipal, em 1º de setembro

Sex, 18/08/17 - 03h00

O administrador, produtor e gestor cultural Romulo Avelar, 55, foi anunciado, na tarde dessa quinta-feira (17), como o novo presidente da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte (FMC). Ele assume o cargo dia 1º de setembro, quando será efetivada a criação da Secretaria Municipal de Cultura – que ficará sob administração de Juca Ferreira, atual presidente da fundação.

O convite partiu diretamente de Ferreira, há pouco mais de um mês. “Ele está fazendo uma série de conversas com o setor desde que assumiu (em junho), para tentar compreender o cenário. Várias pessoas falaram com ele sobre mim e, inicialmente, ele me convidou para um encontro. Foi uma conversa muito boa, ele é um cara que eu admiro, importante na cena cultural brasileira”, conta Avelar. “Alguns dias depois, aí sim, ele me chamou já com a proposta de assumir o cargo”, completa.

Avelar explica que suas primeiras ações vão na mesma linha de Ferreira, de estreitar o diálogo com a classe. “Nós temos um vigor, uma pungência no cenário cultural de BH, mas precisamos conseguir mais sustentabilidade nas ações, nos espaços, e isso virá a partir da construção de políticas de uma maneira participativa. O coletivo não é simples, definitivamente, mas é o caminho que dá mais consistência à política: vamos fazer um esforço para desenvolver políticas transversais, trazer a cultura dialogando com outras áreas”, diz.

Trajetória. Mineiro de Belo Horizonte, Avelar estudou na Escola de Produção Cultural da Fundição Progresso do Rio de Janeiro e tem passagens tanto pelo setor privado quanto pelo público. Já atuou, por exemplo, na Fiat e na MBR, mas também foi superintendente de Cultura de Contagem, diretor de Promoção da Fundação Clóvis Salgado, assessor Especial da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais e presidente da Comissão Técnica de Análise de Projetos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

Teve expressiva passagem como consultor de planejamento do grupo de teatro Galpão e de outras entidades culturais, e escreveu duas obras: “O Avesso da Cena: Notas Sobre Produção e Gestão Cultural” e “Do Grupo Galpão ao Galpão Cine Horto: Uma Experiência de Gestão”, a segunda em parceria com o ator e diretor Chico Pelúcio.

Nos últimos anos, ele tem ministrado cursos nas áreas de produção, planejamento e gestão cultural. Atualmente é membro dos conselhos gestores do Galpão Cine Horto e da Casa do Beco e articulador do consórcio de gestores culturais Pense Cultura.

“Estou, agora, no processo de me afastar dos projetos que estou conduzindo. Vou sair temporariamente e mergulhar de copo e alma neste novo desafio”, diz. 

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.