São Paulo. Se há uma palavra que não sai da cabeça de Rosanna Viegas é coragem. Natural de Brasília, ela, assim como boa parte dos jovens que vivem na capital do país, em busca de algo para fazer por lá, chegou a participar de algumas bandas de rock e fez cursos de teatro. O que era encarado de maneira despretensiosa, porém, acabou se tornando algo sério. Não à toa, ela escolheu fazer artes cênicas na UnB (Universidade de Brasília). "O bicho do teatro me pegou de jeito", conta.
Porém, o caminho de Rosanna das peças universitárias e experimentais até "Ti-ti-ti" (Globo), na qual dá vida à divertida Rosário, empregada da família Leclair, foi bem longo.
"Em Brasília, fiz muito espetáculo underground. Era preciso, muitas vezes, produzir e escrever as montagens, além de atuar nelas", diz a atriz de 33 anos, o que mostra que força de vontade é outra característica presente em sua trajetória.
A mudança para o Rio aconteceu entre os anos de 2006 e 2007. Na época, Rosanna foi mostrar dois espetáculos dentro do projeto Palco Giratório. No primeiro deles, ninguém mais ninguém menos do que Fernanda Montenegro estava na plateia. "E, para a surpresa geral, no fim do espetáculo, ela fez um discurso parabenizando o meu trabalho", revela, orgulhosa. "Ela chegou a escrever uma carta de recomendação".
A partir daí, Brasília já havia se tornado pequena para o talento da atriz. Mas um contrato com a Globo e a participação em "Ti-ti-ti" demoraram três anos para acontecer. "A minha participação seria pequena, mas tudo bem. Contracenar com a Nicette Bruno, a Claudia Raia e o Alexandre Borges já valeria a pena", afirma.
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