Comédia

Sequência inflige suplício de horas ao espectador 

Qui, 02/07/15 - 03h00
Casal Fábio e Miá agora apronta confusões em viagem a Portugal | Foto: paris filmes

São Paulo. Os R$ 35 milhões arrecadados por “Meu Passado Me Condena” (2013) – filme derivado da série de TV homônima – são a única justificativa para essa continuação.

Com uma história frouxa, personagens caricatos, roteiro sem ousadia, piadas estereotipadas e uma direção no piloto automático, o filme afunda na mediocridade.

Depois do casamento e da lua de mel do primeiro filme, a continuação mostra Fábio (Fábio Porchat) e Miá (Miá Mello) no terceiro ano de um casamento, que – é muito fácil prever – caiu na rotina e entrou em crise. Fábio continua um adulto adolescente, imaturo e abobalhado, enquanto Miá se revela controladora, reclamona e ciumenta.

Os dois estão à beira da separação quando acontece uma reviravolta: o telefone toca e Nuno (Antonio Pedro), avô de Fábio, que mora em Portugal, comunica a morte da mulher. Falsamente comovido com a notícia, Fábio decide viajar a Portugal com Miá para tentar uma reconciliação com a mulher.

Hospedados na bucólica quinta do avô, em meio a belas paisagens, Fábio revê Ritinha (a portuguesa Mafalda Pinto), uma antiga namorada, e Alvaro (o português Ricardo Pereira), rival dos tempos de infância. O casal formado por Inez Viana (Suzana) e Marcelo Valle (Wilson), que aparece no primeiro filme, também dá o ar da graça. A dupla tem uma funerária e se dedica a dar golpes.

Uma série de quiproquós envolvendo essa turma acontece, mas é tudo insípido, sem a menor graça, como as constantes piadas machistas e cenas como a queda de cavalo de Miá. Sem qualquer originalidade, o filme inflige um suplício de mais de duas horas ao espectador. (Alexandre Agabiti Fernandez)

Outras estreias

Quem quiser trocar o besteirol brasileiro pelo besteirol hollywoodiano pode conferir “Belas e Perseguidas”, com Reese Witherspoon e Sofia Vergara fazendo mais uma versão do humor de opostos entre a certinha e a tresloucada.

Há ainda uma opção de comédia francesa, com “Os Olhos Amarelos dos Crocodilos”. A produção é estrelada por Julie Depardieu (filha de Gerard) e Emmanuelle Béart como duas irmãs disputando a autoria de um livro.

Já quem prefere produções mais sérias tem duas opções. “As Maravilhas” é um drama familiar dirigido pela italiana Alice Rohrwacher. E “A Lição” é uma fábula moral búlgara.

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