Rômulo Neto fala do seu personagem 'Robertão' e da sua vida pessoal

Quem está acompanhando “Império”, novela das nove da Globo, não deixa de se divertir quando um certo garotão descamisado surge em cena. Com todo o sex appeal que a natureza lhe deu, Robertão arranca suspiros pelo corpo escultural do ator Rômulo Neto – além de divertir o público com sua malandragem (que traz certa ingenuidade), comportamento herdado dos pais trambiqueiros, Magnólia (Zezé Polessa) e Silvério (Tatu Gabus Mendes). O papel destaca a boa fase vivida por Rômulo Neto, que atualmente também esbanja alegria por causa do romance com a atriz Cleo Pires. Na última semana, o ator esteve na capital mineira, onde visitou o showroom da grife de moda mineira Patogê.

Sorridente, ele posou para fotos e bateu um papo com a revista SuperTV sobre carreira, estilo e relacionamento. Confira!

Qual o balanço que você faz do início da sua carreira até agora? Minha carreira começou em 2007 na televisão, em “Malhação”. Iniciei muito novo, com 19 anos, e, desde então, tenho adquirido cada vez mais paixão pela minha profissão. Tenho me empenhado mais e investido bastante o meu tempo nisso. Naturalmente, a gente passa a colher os frutos a partir desse investimento e dessa paixão.

Qual a importância do Robertão na sua carreira?Em relação à visibilidade, esse é o meu maior papel na televisão, o maior destaque que já tive até agora, ainda mais o Robertão sendo um personagem polêmico, com traços de personalidade que despertam muita curiosidade e mexem com a imaginação do público. Significa uma boa oportunidade de mostrar o meu trabalho, justamente por causa dessa notoriedade.

Essa polêmica que você cita envolve muito o universo gay e a homofobia, temas em que o Robertão está inserido. Como o público, em especial o LGBT, tem recebido o personagem?O Robertão não desperta interesse no público apenas pela forma física e a beleza que ele explora, mas também pela questão da infantilidade, da ignorância, da ingenuidade e da pureza. Isso tudo desperta empatia com as pessoas. Eu tenho recebido esse feedback pelos muitos amigos gays que eu tenho, e eles estão adorando o personagem.

Já teve alguma relação inusitada com o público por causa do Robertão? Já vivenciei algumas brincadeiras na rua, como pessoas me oferecendo R$ 50 pelo programa com o Robertão. Mas aí eu falo: “Meu querido, o cachê dele já tá bem maior do que isso (risos)”.

O que ele tem de você?Nada. Mas tem uma coisa que eu trouxe para o personagem e que meu coach me ajudou na hora de construir o Robertão, que é a estratégia de criar uma empatia pelo personagem e não julgá-lo. É muito fácil cair no clichê do cara aproveitador, interesseiro e imediatista, esperando que todo mundo o julgue de forma negativa; esse seria um caminho natural pro Robertão. Eu preferi fazer o inverso e conquistar os telespectadores criando certos traços da personalidade dele que gerasse empatia. Eu emprestei a doçura que eu tenho com as pessoas pro personagem, e isso foi bastante proveitoso.

O que você espera e deseja para o Robertão? Espero que ele cresça como ser humano. Ele é uma vítima daquela família onde vive. Os pais dele só passam valores xucros e acho que, por meio de uma influência externa, de um amor, por exemplo, de uma pessoa bacana, ele passe por um processo de transformação, que brigue por aquilo que ele realmente deseja, sem esperar sentado.

Qual sua relação com a moda? Costuma se manter atualizado e se vestir conforme as tendências ou prefere seguir um estilo próprio?Antes de trabalhar como ator eu já tinha experiência como modelo, por isso acho que eu já tenho uma intimidade legal com o assunto, mesmo seguindo um visual que é meu. Tenho, sim, um pouco de conhecimento sobre o assunto, mas não costumo seguir nenhuma tendência.

Sua namorada, Cleo Pires, dá pitacos no seu visual? Cleo gosta bastante de dar palpites no meu estilo e eu confesso que isso funciona até como uma solução (risos).

É visível, pelas notícias da imprensa e pelas demonstrações públicas, que o relacionamento com Cleo Pires vai de vento em popa. O que você faz pra manter essa harmonia com ela? Você se considera um cara romântico? Eu me considero um cara bem romântico. Acho que, primeiramente, a gente tem que tentar sempre não deixar o relacionamento ir para o local de conforto e de possessividade. É legal estar sempre se aprofundando nas questões que envolvem a relação e manter uma conexão. Pra mim, isso é o principal!