TV TUDO

Glória roubada

"Linha Direta" usa a ironia para contar a história da tça Jules Rimet.

Por NATALIA CASTRO / POPTV
Publicado em 13 de maio de 2006 | 16:32
 
 

Às vésperas da Copa do Mundo, nada mais oportuno que programas dedicados ao futebol. Daí o "Linha Direta " Justiça" aproveitar a ocasião para relembrar a história da taça Jules Rimet.

Não sobre a parte que provoca orgulho, a da conquista. Mas sim o episódio que inspira vergonha para os brasileiros, que é a do roubo.

O programa que vai ao ar no dia 1º de junho tenta explicar a ainda confusa história por trás do furto da taça da sede da Confederação Brasileira de Futebol, no Rio de Janeiro, em 19 de dezembro de 1983. "É um caso ainda recente na história do país e completamente mal-explicado", explica Márcio Trigo, diretor do "Linha Direta".

Um dos detalhes esquisitos é o motivo que fez com que a réplica estivesse no cofre da CBF e o troféu original exposto na vitrine, uma frágil gaiola de vidro pregada na parede.

O caso começou a ser elucidado com a denúncia de Antonio Setta, o Broa, um ladrão/torcedor, vivido por Mario Shoemberger, que se recusou a participar do plano. Ele deu a direção da quadrilha, formada por quatro brasileiros e um argentino, à Polícia Federal.

"Vamos mostrar como aconteceu todo o processo do roubo. Como eles se conheceram e planejaram tudo", adianta Márcio.

Galo na mira
A denúncia de Broa resultou também na prisão do representante do Atlético Mineiro na CBF, Sérgio Peralta, vivido no programa por Chico Diaz. E aí os integrantes da quadrilha foram caindo nas mãos da polícia em sequência.

Sérgio indicou o ex-policial Francisco Rivera, o Chico Barbudo, que dedurou o decorador Luiz Vieira, o Luiz Bigode, que apontou o comerciante de ouro Juan Carlos Hernandez, um argentino que vivia no Brasil desde 1973 " papéis de Luiz Nicolau, Anderson Müller e Enrique Diaz, respectivamente.

A produção do programa buscou alguns dos locais do Rio de Janeiro onde os fatos realmente se passaram, como a praça Mauá e a Quinta da Boa Vista, mas muitas das cenas foram gravadas mesmo no Projac.

Como na igreja construída dentro do complexo, para as cenas em que o decorador Luiz Vieira prepara a decoração para um casamento.

"Existe um contraponto. Ele trata das sutilezas de um casamento enquanto pensa em como vai roubar a taça", valoriza Anderson. Já Enrique Diaz emprestou suas feições ao comerciante de ouro Juan Carlos Hernandez.

Num falso terminal rodoviário cenográfico no Projac, ele gravou a sequência em que seu personagem é preso pela Polícia Federal. "Ele é apontado como o responsável pelo derretimento da taça. No fim ela acabou nas mãos de um argentino", brinca o ator.