Raio-X

Muito além das fronteiras 

Em “Sete Vidas”, folhetim das sete, o argentino Michel Noher ressalta interesse no mercado brasileiro

Dom, 26/04/15 - 03h00
“Sabia que era um lugar com um grande mercado, um centro de produção nacional e também tinha a natureza” | Foto: CZN

A relação de Michel Noher com o Brasil é antiga. Nascido na Argentina, o ator de 32 anos se encantou pela primeira vez com o Rio de Janeiro ao visitar a cidade, há dez anos. A natureza carioca e a cultura local logo encheram aos olhos do argentino. Por isso, trabalhar no mercado brasileiro tornou-se um objetivo profissional. “Sabia que era um lugar com um grande mercado, um centro de produção nacional e também tinha a natureza. Quando voltei para Buenos Aires, comecei a aprender português”, explica ele, que interpreta o sensível Felipe, de “Sete Vidas”.

A carreira no Brasil começou a ganhar formas mais concretas quando o pai de Michel – o também ator Jean Pierre Noher – participou de alguns trabalhos no país, como “Avenida Brasil” e “Flor do Caribe”. “Sempre que meu pai vinha fazer algo aqui, deixava meu material”, lembra. Após alguns testes para o núcleo do diretor Jayme Monjardim e uma participação no remake de “O Rebu”, Michel foi convidado para integrar o elenco da história escrita por Lícia Manzo. “As novelas da Lícia são muito bem vistas pelo público e a crítica. Era um personagem muito interessante para investir”, valoriza.

Na atual trama das seis, o personagem de Michel é um dos sete filhos do protagonista Miguel, interpretado por Domingos Montagner. Nascido em Recife, mas criado na Argentina, Felipe sofre de uma grave doença congênita que afeta seu fígado e, para sobreviver, precisa de um transplante. Para isso, resolve ir em busca de sua família biológica. “É uma história muito densa e com pontos fortes. É interessante ver o posicionamento do personagem diante da situação. Ele não se faz de vítima e é muito maduro”, afirma o ator, que conta com o auxílio de uma fonoaudióloga para amenizar o sotaque portenho. “Demoro bem mais para decorar o texto. Uma das principais preocupações do Jayme era que todo mundo pudesse me entender”, completa o ator, aos risos.

Preferências



Se não fosse ator, o que seria: Jornalista
Ator preferido: Joaquim Phoenix
Atriz preferida: Kate Winslet
Novela preferida: “Sete Vidas”
Vilão marcante: Tony Montana, interpretado por Al Pacino, no filme “Scarface”, de Oliver Stone
Que papel gostaria de representar: Um lutador de UFC
Filme preferido: “Embriagado de Amor”, de Paul Thomas Anderson
Autor predileto: Hermann Hesse, escritor alemão
Diretor favorito: Paul Thomas Anderson

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