Primeira mão

Primeira vez no comando 

Gabriela Moreyra estreia como protagonista em “Escrava Mãe”, próxima novela da Record

Dom, 05/07/15 - 03h00
Estudos. Gabriela conta que mergulhou em uma intensa pesquisa para incorporar sua personagem | Foto: Jorge Rodrigues Jorge/CZN

Interpretar a primeira protagonista de novela é um momento importante na carreira de qualquer atriz. Gabriela Moreyra não esconde que ficou nervosa ao saber que faria o seu debut no posto como a Juliana de “Escrava Mãe”, próxima novela da Record. Depois de uma bateria de testes, dos quais cerca de 40 atrizes participaram, ela recebeu a resposta positiva. A reação inicial foi um misto de satisfação com surpresa. Mas, logo em seguida, mergulhou nos estudos para incorporar a personagem. “Não penso na protagonista com esse rótulo, mas com o volume de cenas e a responsabilidade”, avalia. Com seis novelas no currículo, Gabriela sente que a experiência a ajudou a compreender melhor as engrenagens da televisão. Mas não se deixa levar por isso. “Acho que um ator sempre está em constante transformação. A insegurança faz parte”, salienta.

Na história assinada por Gustavo Reiz, Juliana é uma escrava que mora na Casa Grande. Por isso, se relaciona bastante com as duas sinhás: Teresa e Maria Isabel, interpretadas, respectivamente, por Roberta Gualda e Thaís Fersoza. “Teresa é irmã de leite de Juliana e Maria Isabel vai ser um capeta na vida dela, até porque não aceita o fato de minha personagem ser uma escrava bem tratada”, adianta. Além disso, Juliana irá se envolver amorosamente com Miguel, papel do ator português Pedro Carvalho. E enfrentará problemas com os escravos que vivem na senzala, que não se conformam com as regalias da jovem.

Um dos privilégios de Juliana em relação aos outros escravos é a roupa. A personagem até usa saiões com o tecido desgastado por serem lavados na água barrenta do rio. Mas também ganha muitas roupas elegantes da sinhá do casarão. O que também facilitou para que Gabriela encontrasse o tom da personagem foi a mudança de visual. Há três anos com os cabelos curtos, a atriz precisou colocar mega hair. No início, ela própria não se reconhecia na frente do espelho. E ainda precisou se adaptar à rotina de cuidados necessários com os fios. Mas não demorou para perceber que o cabelão a ajudou a assumir uma nova postura. “Juliana tem uma beleza que atrai os olhares. E o cabelo me ajudou a trazer uma certa sensualidade, uma coisa meio selvagem”, explica.

Pesquisa e dedicação

Antes da caracterização da personagem ser definida, Gabriela se dividiu entre ler diversos livros e assistir a filmes que poderiam servir de referência. Entre as leituras, alguns dos títulos escolhidos foram “Um Defeito de Cor”, “Doze Anos de Escravidão”, “Cor Púrpura” e “Amistad”. “Eu passei dias enfurnada em casa vendo e revendo 300 mil filmes, procurando ‘Escrava Isaura’ no YouTube. E os livros, eu tenho uma pilha. Ainda estou lendo. Quanto mais referências, melhor”, conta, animada.
A pesquisa para compor a personagem foi desenvolvida individualmente pela atriz. Mas ela também participou de uma preparação de elenco ministrada por Roberto Bomtempo. “Foi muito interessante”, ressalta.

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