Eleições 2018

'A eleição é um grande balcão de negócios', critica Jordano

Para candidato, formato não é democrático e favorece PT e PSDB

Injustiça. Para o candidato Jordano Carvalho, modelo atual das campanhas eleitorais é antidemocrático e beneficia partidos grandes | Foto: Uarlen Valerio - 6.9.2018
PUBLICADO EM 25/09/18 - 03h00

O candidato ao governo do Estado Jordano Carvalho (PSTU) criticou o modelo atual das campanhas eleitorais. Segundo ele, o formato é antidemocrático e só contribui para que grandes partidos continuem mantendo a hegemonia no país. No caso específico de Minas Gerais, Jordano afirmou que a polarização entre PT e PSDB não é quebrada justamente porque esse padrão favorece as duas legendas.

“As eleições são um grande balcão de negócios, que privilegiam os candidatos que estão ao lado da burguesia. Nosso partido não foi convidado para nenhum debate pelas emissoras de TV. Isso já impede que o PSTU apresente suas ideias e questione os outros candidatos”, disse o postulante ao Palácio da Liberdade.

De acordo com a lei, as empresas são obrigadas a convidar para participar de debates apenas os partidos que têm, pelo menos, cinco representantes no Congresso, o que não é o caso do PSTU. “O (Antonio) Anastasia tem quase cinco minutos na TV, o (Fernando) Pimentel tem quase quatro para falar. Nós temos cinco segundos. Só por aí você vê que não existe democracia nas eleições”, completou.

Para chegar ao eleitor, Jordano e o PSTU vão intensificar as viagens pelo Estado, as agendas em fábricas, obras e outros ambientes que concentram trabalhadores, e também as reuniões com entidades sindicais.

Esquerda. Jordano também criticou partidos de esquerda que concorrem ao pleito e defendeu que o projeto do PSTU para o Estado é o único que apresenta “um programa revolucionário”.

O candidato disse que o PT se distanciou da atuação que tinha há algumas décadas e, com o parcelamento de salários dos servidores, traiu a classe trabalhadora. Jordano afirmou que PT, PSDB e MDB “são farinha do mesmo saco”.

O postulante não poupou nem mesmo o PSOL. Inclusive, o candidato alfinetou o partido e comentou que não incluiria a legenda no bloco da esquerda em Minas. Segundo ele, o PSOL acredita na mudança por meio do processo eleitoral e do capitalismo.

“Nós temos uma posição contrária. Só com a luta organizada da classe trabalhadora e do povo pobre é possível mudar a realidade, com os de baixo derrubando os de cima”, analisou.

Agenda

Articulações. Nesta terça-feira, Jordano concede entrevistas na parte da manhã. À tarde, faz panfletagem em BH e em Contagem. Às 19h, participa de um programa da TV Federaminas.