Eleições 2018

Anastasia defende regularizar repasses para os municípios

Senador tem usado prefeitos do interior para críticas duras a Fernando Pimentel

Recursos. Anastasia tem afirmado a necessidade de retomar o envio de verbas para as cidades de MG | Foto: Cristiane Mattos - 23.7.2018
PUBLICADO EM 15/08/18 - 03h00

A situação dos municípios mineiros vai ser um dos pontos mais explorados pela campanha do senador Antonio Anastasia (PSDB) ao governo de Minas Gerais nas eleições deste ano. Isso porque o Estado tem atrasado repasses constitucionais para as cidades, e o tucano tem dito que, se eleito, uma das prioridades do governo vai ser regularizar essa dívida. Segundo a Associação Mineira de Municípios (AMM), o débito da gestão de Fernando Pimentel (PT) com os prefeitos chega a cerca de R$ 7,6 bilhões. 

“Isso é uma responsabilidade do poder público, não é nenhum favor, nenhum benefício, benemérito ou beneplácito a favor dos municípios, é uma obrigação em relação aos municípios”, disse. Anastasia ainda ressaltou que não há como trabalhar com prazos para regularizar essa situação. “Tão logo o Estado seja colocado em ordem, as finanças equilibradas, nós teremos essas duas prioridades. Quanto tempo vai demorar? Isso ninguém pode ainda antever. Sabemos que não será rápido, vai ser um processo complexo, mas vamos fazê-lo o mais rápido possível”, afirmou. 

Em suas visitas pelo interior de Minas, o candidato do PSDB tem utilizado os prefeitos como alguns de seus principais cabos eleitorais. Em encontros com lideranças políticas e populares, os chefes do Executivo têm subido no palanque juntamente com Anastasia. As críticas mais duras e diretas ao governo de Pimentel têm sido feitas pelos chefes do Executivo, que afirmam que, por conta da falta de repasses de impostos, como IPVA e ICMS, os serviços públicos passam por dificuldades. 

Nesta terça-feira (14), o tucano cumpriu agenda em Ponte Nova, Viçosa e Rodeiro, cidades da Zona da Mata mineira. Por conta desses compromissos, ele não acompanhou o presidenciável tucano Geraldo Alckmin durante agenda em Belo Horizonte (leia mais na página 9), onde participou de um encontro com lideranças religiosas. Na visita, Alckmin aproveitou para dizer que concorda com a postura adotada por Anastasia, divulgada nesta terça-feira por O TEMPO, de não nacionalizar a disputa ao governo de Minas Gerais – estratégia pretendida por seu rival, o governador Fernando Pimentel, que pretende usar a força do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para crescer nas pesquisas. 

Dados. O senador foi o quarto nome a registrar candidatura ao comando do Estado, e os dados foram disponibilizados nesta terça-feira pela Justiça Eleitoral. O nome registrado pelo tucano para aparecer nas urnas foi “Professor Anastasia”. Na chapa denominada “Reconstruir Minas”, ele declarou possuir R$ 1,3 milhão em bens, como apartamento, aplicação de renda fixa e outros imóveis. O vice-governador, Marcos Montes (PSD), declarou patrimônio de quase R$ 7,9 milhões. (Com Lucas Henrique Gomes)

Estratégia

Ação. Como parte da estratégia de governo de sua equipe, o senador Antonio Anastasia tem abordado em seus discursos questões específicas relacionadas aos municípios que tem visitado.

Propostas

Plano de governo. Na proposta registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) pelo senador Antonio Anastasia (PSDB) e disponibilizada nesta terça-feira, o parlamentar diz que deseja fazer um governo voltado para a qualidade de vida das pessoas, visando a integridade física, econômica, funcional e emocional, que são “as razões basilares da ação do Estado organizado”.

Chapa. A coligação do tucano ao governo do Estado, denominada “Reconstruir Minas”, é formada por 12 partidos. São eles: PSDB, PSD, Solidariedade, PTB, PPS, PMN, PSC, DEM, PP, PTC, Patriota e PMB.