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Marina Silva declara 'voto crítico' a Fernando Haddad

Candidata à presidência pela Rede disse que petista pelo menos não prega a extinção de direitos

Marina Silva recebeu 1% dos votos no primeiro turno da corrida presidencial | Foto: Lincon Zarbietti – 26.1.2018
PUBLICADO EM 22/10/18 - 18h00

A candidata da Rede, Marina Silva, declarou nesta segunda-feira, 22, "voto crítico" no candidato do PT, Fernando Haddad, no segundo turno da eleição contra Jair Bolsonaro, do PSL. 

"Diante do pior risco iminente, de ações que, como diz Hannah Arendt, 'destroem sempre que surgem', 'banalizando o mal', propugnadas pela campanha do candidato Bolsonaro, darei um voto crítico e farei oposição democrática a uma pessoa que, 'pelo menos' e ainda bem, não prega a extinção dos direitos dos índios, a discriminação das minorias, a repressão aos movimentos, o aviltamento ainda maior das mulheres, negros e pobres, o fim da base legal e das estruturas da proteção ambiental, que é o professor Fernando Haddad", disse Marina em nota.

Marina, que ficou em oitavo lugar no primeiro turno, com 1% dos votos, relembrou que seu partido, a Rede, deu carta branca a seus apoiadores, com a recomendação de não votarem em Bolsonaro, "pelo perigo que sua campanha anuncia contra a democracia, o meio-ambiente, os direitos civis e o respeito à diversidade existente em nossa sociedade". Ela reconheceu também, que pela votação que teve no primeiro turno, "a importância da manifestação, numa lógica eleitoral restrita, é puramente simbólica. Mas é meu dever ético e político fazê-la".

Ela, no entanto, não poupou críticas ao PT e sua maneira de governar, ressaltando, inclusive, o fato de Haddad não fazer o mea culpa já pedido por vários políticos opositores que demonstraram apoio com ressalvas ao candidato.

Independentemente do discurso crítico de Marina Silva, Fernando Haddad fez questão de agradecer o apoio por meio de sua conta oficial numa rede social.

"O voto de Marina Silva me honra por tudo que ela representa e pelas causas que defende. Nossa convivência como ministros foi extremamente produtiva e até hoje compartilhamos amizades de brasileiros devotados à causa pública. Esse reencontro democrático me enche de orgulho", postou.