Entenda

Edmar Branco, com 8.103 votos, não foi eleito, e José Ferreira, com 3.311, foi

Entenda como o nono candidato mais votado para vereador em Belo Horizonte não foi eleito, enquanto outro com bem menos votos foi

Edmar Branco (PSB) deixa a Câmara Municipal de Belo Horizonte porque seu partido não atingiu o quociente eleitoral | Foto: Facebook / Reprodução
REDAÇÃO
16/11/20 - 10h02

O sistema proporcional de votação para a disputa da Câmara Municipal fez com que o nono candidato mais votado para vereador em Belo Horizonte não fosse eleito, enquanto um candidato com menos da metade dos seus votos acabasse garantindo sua vaga na Câmara.

Atual vereador, Edmar Branco (PSB) registrou 8.103 votos (mais do que os 6.319 da última eleição) e, embora tenha ficado no top 10 da disputa à Casa, ficou fora pois seu partido não atingiu o quociente eleitoral, de 30.189 votos, o que garantiria uma vaga para a legenda na Câmara. Com isso, ele não apenas não foi eleito como nem mesmo como suplente ficará.

Sentimento oposto teve o servidor José Ferreira, do projeto Ajudaí. Ele recebeu apenas 3.311 votos, mas seu partido, o PP, conseguiu quatro vagas, puxadas pela votação expressiva de boa parte da chapa. Assim, ele será um dos 41 vereadores de BH a partir do ano que vem.

Essa situação curiosa funciona por conta do sistema proporcional que garante que os votos dados aos candidatos sejam somados na legenda, junto com os votos apenas no nome do partido. Só depois disso são calculadas as vagas de cada partido, de acordo com o quociente eleitoral. 

O quociente eleitoral determina quantos votos um partido precisa ter para ganhar o direito a um lugar na câmara. Ele é o resultado da divisão do número de votos válidos da cidade pela quantidade de vagas na câmara.

É a partir desse quociente eleitoral que se decide o número de vagas que cada partido terá na câmara, pelo cálculo do quociente Partidário. O número de cadeiras pra cada partido vem da divisão do número de votos que a legenda recebe nas eleições pelo quociente eleitoral.

Caso o número de votos de um partido seja menor do que o quociente eleitoral da cidade, ele não terá vagas na câmara e precisará esperar por vagas remanescentes. Isso significa que se o partido do candidato mais votado da cidade não atingir o quociente eleitoral, o candidato pode não ocupar o cargo.

Leia mais sobre o quociente eleitoral aqui.