São Paulo

Eleições 2020: Rapidez marca segundo turno de votação no centro de São Paulo

O domingo no centro também teve escolas mais limpas, já que não havia panfletos de vereadores jogados pelo chão como no primeiro turno

Por MARIANA FREIRE (FOLHAPRESS)
Publicado em 29 de novembro de 2020 | 16:04
 
 
Movimentação de eleitores durante votação na escola estadual Maria José, na região da Bela Vista, centro da capital paulista, no segundo turno das eleições municipais 2020, neste domingo Foto: Rivaldo Gomes/Folhapress

A manhã do segundo turno de votação para definir o próximo prefeito de São Paulo foi tranquila em escolas da região central da cidade. Ao contrário do primeiro, quando alguns eleitores precisaram descobrir os novos locais das seções, o que causou filas, neste domingo (29), o fluxo teve mais organização.

"Votei em segundos", afirma a aposentada Vânia Jatobá, 62. Eleitora na Escola Caetano de Campos, na Consolação, ela foi uma das que teve a seção alterada, mas diz que desta vez, já sabendo o local da nova sala, tudo correu de maneira calma.

O engenheiro químico João Pereira, 53, também votou em uma nova seção neste domingo, mas isso não afetou a agilidade do pleito. "Foi super tranquilo, funcionando muito bem", afirma. Na escola, algumas salas tinham filas curtas no fim da manhã, mas os eleitores conseguiam manter o distanciamento.

Na Escola Professora Marina Cintra, a situação era a mesma. A partir das 10h, quando terminou a faixa de horário preferencial para idosos –medida lançada pela Justiça Eleitoral para minimizar o risco de transmissão do coronavírus–, o movimento teve aumento, mas foi absorvido sem intercorrências.

A dona de casa Janaíra Fraissat, 47, diz que especialmente no primeiro turno teve receio de ir à votação devido à Covid-19, mas que ficou confiante quando viu os protocolos respeitados. Para reforçar a proteção, ela levou o álcool gel, mesmo que os colégios oferecessem também.

Protocolo obrigatório para a votação, o uso de máscara era respeitado em todos os colégios visitados. A Justiça Eleitoral recomendava, ainda, o uso de caneta própria. Para Camila Ferreira, 28, essa foi uma oportunidade: levou um carregamento de máscaras e canetas para vender para os esquecidos a R$ 5 e R$ 2, respectivamente. "Nem contei ainda quantas ainda restam, mas o pessoal tem comprado bastante."

Da calçada da Escola Professora Marina Cintra, Camila já se preparava para ir para a região da rua Frei Caneca, onde previa um movimento ainda melhor.

O domingo no centro também teve escolas mais limpas, já que não havia panfletos de vereadores jogados pelo chão como no primeiro turno.
Na Universidade Presbiteriana Mackenzie, o aposentado Mario Bonifácio, 77, chegou para votar por volta de 9h30, e diz que a reserva da faixa de horário preferencial para eleitores acima de 60 anos tornou a tarefa bem mais fácil. "Foi tudo uma maravilha, sem fila nenhuma."

Ailton do Carmo, 50, também aproveitou o horário preferencial por ser mais vazio. Depois de encerrar o expediente de vigilante, ele foi o primeiro da fila na escola Estadual Maria José, na Bela Vista. "Só passei na padaria para comer algo e vim. Como moro em Itaquera, era mais fácil vir logo. Dei sorte com esse horário novo." Foi o primeiro a sair do colégio depois de votar, por volta das 7h10.